Yuri Alberto foi oferecido ao Corinthians, gratuitamente, por conta das limitações esportivas impostas à Ucrânia pela guerra contra a Russia.
A FIFA concedeu autorização para suspensão dos contratos vigentes até junho de 2023.
A transação, nesse contexto, se daria por empréstimo, com o Timão precisando apenas arcar com os salários do atleta – o que já não seria pouco.
Esta janela de um ano seria importante para que o clube pudesse ter certeza de que Yuri daria certo com a camisa alvinegra.
Ao final de 2022, um pré-contrato já poderia ser assinado.
Porém, a diretoria alvinegra, mesmo com a possibilidade exposta, decidiu negociar a aquisição definitiva do atacante.
Pagará uma fortuna por isso, incluindo luvas e demais custos inerentes ao acordo.
A justificativa é abrir espaço – porque existem limitações impostas pela FIFA ao número de negociações semelhantes – para repatriar Balbuena.
Não cola.
Diferentemente de Yuri, Balbuena é uma realidade em Parque São Jorge.
O correto, se houvesse interesse em agir desta maneira, seria, obviamente, o inverso.
Como explicar este ‘equívoco’?
O Corinthians deve quase R$ 4 milhões a André Cury, que, coincidentemente, é o agente de Yuri Alberto.
Foram dois empréstimos tomados, em 2020 e 2021, mas nunca honrados.
Ao recusar a aquisição temporária e partir diretamente para a compra de um jogador que, eventualmente, pode não dar certo no clube, a diretoria alvinegra objetiva agradar ao agente – que possui fama de generoso com a cartolagem, esticando a pendência descrita.
Não seria o primeiro negócio de risco em que o atual presidente Duílio ‘do Bingo’ Monteiro Alves colocaria o Corinthians.
Um deles, em trâmites quase idênticos, deu muito errado.
Duílio foi um dos ‘operadores’ da contratação, a peso de ouro, de Alexandre Pato pelo Timão, quando a proposta inicial do Milan era apenas emprestá-lo.
Muita gente embolsou, alguns no exterior, quantias significativas desta operação.
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