No último final de semana, o narrador Sérgio Maurício, da BAND, sem se dar conta de que a transmissão dos bastidores estava ativa na internet, tratou a torcida do Flamengo como se composta por ‘duros’ e ‘favelados’.

Após a repercussão, desculpou-se dizendo tratar-se de ‘brincadeira’.

É até provável que fosse – na intenção, mas, evidentemente, de péssimo gosto, incabível num mundo que a cada dia evolui para o respeito às minorias e desfavorecidos.

Muita gente acredita que somente a manifestação pública deve ser ‘policiada’, e, por conta disso, acaba ‘deslizando’ quando em ambiente privado.

A teoria do ‘por fora, bela viola, por dentro, pão bolorento’.

Há quem se comporte de maneira preconceituosa numa roda de amigos ou em ambiente familiar, estimulado pela aparente proteção do anonimato, liberando pensamentos reais sobre determinados assuntos.

Daí, quando publicamente, o sujeito atua – no sentido de interpretação – com discurso diferente.

Quem conhece Sérgio Maurício garante que o deslize foi pontual e que não se trata, efetivamente, de alguém preconceituoso.

Em sendo assim, tomara tenha aprendido a lição.

O comportamento de respeito aos desfavorecidos (atacados na suposta brincadeira) deve ser mantido permanentemente, principalmente fora do escopo das câmeras, até para que o próprio ser-humano, se ainda impregnado por preconceitos do passado – ainda que os negue – se ‘descontamine’, nem que seja pela repetição.

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