
Jorge Jesus e Lucca Bertolucci (sócio de Kia Joorabchian) em jogo do Atlético/MG
Antes de iniciar sua vitoriosa trajetória pelo Flamengo – a única relevante de sua carreira -, Jorge Jesus bateu às portas do Atlético/MG, levado que foi por Kia Joorabchian ao sócio Ricardo Guimarães, dono do BMG, aquele do Mensalão.
Prestes a assinar contrato surgiu o interesse rubronegro que, como negócio, interessava mais a todos os envolvidos.
Por sorte, o objetivo secundário, que era montar um bom time de futebol, aconteceu.
Este feito elevou Jesus a um patamar enganoso e fez esconder não apenas suas limitações, mas também barbaridades nos contratos de jogadores profissionais e da base do clube.
Não tardou para sua ‘retaguarda’ retirá-lo do Flamengo e levá-lo a outro quintal de intermediários, este mais corriqueiro, que é o Benfica.
Desta vez, porém, a realidade de fez presente.
O futebol desandou, os negócios ficaram à vista e os lucros diminuíram.
Sem interessados no exterior, o treinador retornou ao Brasil.
Parceiro de jornalistas brasileiros, Jesus, orientado por seus ‘donos’, da maneira mais lamentável possível – enfiando a faca nas costas do conterrâneo Paulo Sousa, cava nova boquinha no Flamengo.
Cafajestagem que diz muito sobre o que o sucesso tratou de ocultar quando da primeira passagem por aqui.
Fosse o Flamengo gerido pro gente decente, recusaria qualquer aproximação.
Mas nem sempre é.
A única dificuldade para o retorno é imposta por desacordos comerciais do passado.
Se resolvidos, tudo será esquecido.
O tiro, porém, tem tudo para sair pela culatra.
Se objetivos primários parecem os mesmos, ou seja, balcão de negócios, os secundários – que acabam por garantir todo o processo – dependerão de que a sorte, novamente, esteja ao lado de quem, comprovadamente, realizou mais trabalhos mediocres ao longo da carreira do que a espetacular campanha da Libertadores 2019.

Jorge Jesus em jantar com Pini Zahavi – agente investigado por corrupção