Em recente reunião com conselheiros e também pela imprensa – o que agrava a situação, o presidente do Corinthians, Duílio ‘do Bingo’ Monteiro Alves, deixou claro que somente assinou o acordo do clube com a TAUNSA – nitidamente uma empresa sem credibilidade – após analise e parecer do departamento jurídico, comandado pelo ‘oposicionista’ Herói Vicente.
O cartola disse ainda que o departamento de compliance, à época do acerto, tinha apenas três meses em operação.
Ou seja, reiterou a importância de Vicente no ‘equívoco’.
Apesar da falta de transparência, especula-se que o prejuízo com o calote aproximar-se-á nos próximos dias dos R$ 30 milhões.
Escondido no Mato Grosso, o dono da TAUNSA não vem sendo encontrado por oficiais de justiça.
Ninguém tem dúvida de que a parceria é uma tragédia, mas a desconfiança das motivações que levaram à formalização com esse tipo de empresa é grande, principalmente pelo histórico dos gestores alvinegros em situações semelhantes.
Nesse contexto há um dilema a ser resolvido.
Ao ser exposto publicamente na condição de culpado pelo negócio o que teria a dizer Herói Vicente?
Até o momento, está calado.
O silêncio se contrapõe ao comportamento anterior – antes de se juntar à diretoria – de quem se demonstrava combativo com a menor menção a seu nome ou a equívocos de diretores do Corinthians.
Nitidamente traído – se não estiver no mesmo barco de quem se deu bem com a transação -, não restaria opção se não a da renúncia, acompanhada de explicações detalhadas sobre o que motivou a aproximação com a TAUNSA.
Do contrário, a impressão que fica é a da conivência.
Seja pela possibilidade de lucrar, sabe-se lá em que contexto, com a judicialização do problema, ou politicamente, o que levaria à explicação da flexibilidade da garganta para engolir, a seco, esse sapo gigantesco.
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