Coelho, Mané da Carne e Jaça

O Blog do Paulinho revelou, antes de Andres Sanches postular a presidência do Corinthians, há quase quatorze anos, que o cartola agenciava jogadores da base alvinegra e, para ocultar-se, escorava-se, à época, por detrás dos intermediários Marcelo Djian (ex-zagueiro alvinegro) e André Campoy.

Até os dias atuais, o trio segue se ajudando, dentro e fora do Parque São Jorge.

A eles, após o fim de carreira, juntou-se o atual treinador alvinegro, Dyego Coelho, que, enquanto atleta, foi agenciado por Sanches, apesar de, formalmente, a documentação ser assinada por Marcelo Kiremitdjian (verdadeiro nome de Marcelo Djian).

Com ajuda de fonte expressiva do Galo, obtivemos a cópia do contrato, datado de 04 de janeiro de 2007, de quando o Corinthians, sob a gestão Alberto Dualib, emprestou Coelho para o Atlético/MG.

No campo ‘agente do jogador ou advogado’ está a indicação de Marcelo Kiremitdjian (Djian).

Outro documento de empréstimo de Coelho, do Corinthians para o Atlético/MG, chegou ao Blog do Paulinho.

Datado de 18 de fevereiro de 2008, com o mesmo intermediário citado (Djian), porém com aval de Andres Sanches, que havia assumido a presidência no segundo semestre de 2007.

Coelho encerrou a carreira em maio de 2014, defendendo o Clube Atlético Sorocaba, mas não ficou desempregado.

Sanches logo contratou-o, mesmo sem experiência, para treinar as categorias de base do Timão, fonte expressiva de novos negócios, sob a direção de Jacinto Antônio Ribeiro, o Jaça, notório contraventor, responsável por trazer o mandatário alvinegro ao Parque São Jorge.

O status, evidentemente, melhorou.

De agenciado, indiretamente, pelo presidente, Coelho passou a ser uma espécie de sócio minoritário.

Não à toa, de maneira meteórica, assumiu como treinador do principal time da base (o sub-20), treinou os profissionais por oito jogos, em 2019 e agora, em 2020, fala-se em fixá-lo neste posto, ao menos pelos próximos dois meses, até a definição eleitoral do Corinthians.

Djian, mesmo na condição de agente de jogadores desde o início dos anos 2000, quando abriu a empresa MK Djian Esportes Ltda, CNPJ 04.530.839/0001-92, dois anos antes de encerrar a carreira de jogador, assumiu a direção do Cruzeiro, ao lado do malfeitor Itair Machado, contribuindo para a implementação de um esquema de locupletação de intermediários que resultou em indiciamentos criminais e no rebaixamento da Raposa à Série B do Brasileirão.

Ou seja, ao retirar Duílio ‘do Bingo’ Monteiro Alves da gestão de futebol, Sanches, para não perder negócios, manteve Eduardo ‘Gaguinho’ Ferreira e, agora, reconduziu Coelho, sempre com anuência do diretor adjunto Jorge Kalil, vulgo ‘Totó’, espécie de ‘passa-pano’ oficial da cartolagem, a quem o clube reservou a função de ‘Bobo da Corte’ para entretenimento da imprensa.


Contrato de empréstimo de Coelho (2007)


Contrato de empréstimo de Coelho (2008)

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