Os clubes fazem lobby, com ajuda da CBF, para que o Congresso Nacional aprove Projeto de Lei atrasando o pagamento das parcelas do PROFUT até 2021.

A alegação é a falta de arrecadação por conta da pandemia do COVID-19.

No caso de Corinthians e Flamengo, mas não só deles, trata-se de imensa cara de pau.

O rubronegro acaba de acertar renovação contratual com o treinador Jorge Jesus, pela qual aceitou pagar indecentes R$ 3 milhões mensais (se todas as metas forem cumpridas) ou R$ 2 milhões (mesmo que o ano seja um fracasso).

Ou seja, dinheiro para extravagâncias existe, para honrar obrigações que já deveriam ter sido cumpridas no passado, não.

Já o Timão adiantou mais de R$ 100 milhões da venda do jogador Pedrinho, reteve R$ 50 milhões do Arena Fundo, e, desde a inauguração do estádio, não conta com a renda dos jogos para se manter (por acordo de pagamento com a CAIXA).

Se não possui grana para pagar o parcelamento, nada tem a ver com o COVID-19, mas sim com a notória desadministração alvinegra.

Em aprovado, o Projeto de Lei servirá apenas para que se avolumem outros calotes (que já estão acontecendo) para que estes se juntem a parcelas ainda mais salgadas (porque o valor de carência será somado, com juros, ao principal), inviabilizando cada vez mais o trabalho de quem, por ventura, resolver agir de maneira correta na condução das agremiações.

O caso do Corinthians é dos mais graves.

Diante dos descumprimentos documentados dos termos de acordo assinado para o refinanciamento das dívidas fiscais (novo endividamento, balanço não publicado, etc), o clube sequer tem certeza, principalmente se as contas forem aprovadas em conselho, se terá direito de permanecer no PROFUT.

Facebook Comments