Por NAPOLEÃO DUMONT

Na consumada – e tão desejada, pessoalmente, por sua excelência – modificação na direção da PF no estado do Rio de Janeiro, o Presidente da República incluiu a exoneração do delegado Carlos Henrique Oliveira do cargo de Superintendente da Polícia Federal carioca e sua nomeação para o de diretor executivo da corporação, em Brasília, função essencialmente burocrática de natureza logística, sem influência em qualquer atividade operacional e investigatória.

Em entrevista, chegou a afirmar “que o estava promovendo”, como se fosse um benefício.

O Presidente, na verdade, estava usando – sem o saber, jamais, claro!!! – um antigo princípio nativo do direito canônico aplicado pela igreja católica, a titulo piedoso, para resolver situações difíceis de maneira menos traumática nas coisas interiores do Vaticano: “PROMOVEATUR UT REMOVEATUR” – “Seja promovido para ser removido”.

A intenção, claro, é remover o inconveniente, tipo “queda para cima”, mera e ilusória douração da pílula. Mas ninguém se engana mais com esses métodos…

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