Esforçando-se para piorar o calendário do futebol brasileiro – uma das suas especialidades ao lado das acusações por corrupção – a CBF decidiu recriar a SuperCopa do Brasil, disputada em jogo único entre vencedores da Copa do Brasil e do Brasileirão.
Alguém, excetuando-se corinthianos, lembra-se que o Timão venceu o torneio, em 1991, com gol de Neto, numa final contra o Flamengo, para testemunhas num chuvoso estádio do Morumbi?
Pois é.
Para piorar, em 16 de fevereiro, Flamengo e Athlético/PR deverão entrar em campo, na quente Brasília, às 11h de um domingo, sob a amena temperatura do verão brasileiro.
Campeão e vice receberão, respectivamente, R$ 5 milhões e R$ 2 milhões, comprovando que nem por dinheiro o sacrifício valerá a pena.
A renda, claro, será da Casa Bandida do Futebol.
Essas disputas, acontecem pelo mundo inteiro, ao menos faz sentido, o campeão nacional contra o campeão da copa do país. Um jogo bom para a TV, interessante para o telespectador em um momento do ano em que nada se decide no futebol. Vale uma taça e o valor do prêmio para times menores como o Athletico Pr e muitos outros, pode garantir o equivalente a um ou dois meses de salários. Convenhamos e, ainda é bem melhor do que ser campeão estadual contra time pequeno do interior na final.