Em aparente má-fé, o Santos anunciou, na última terça-feira (10), pedido de demissão de Jorge Sampaoli, efetivado, de fato, somente no dia seguinte (11).
A razão desse comportamento está inserido em aditamento contratual entre as partes, que dispensava o treinador (e o próprio clube) de pagar a multa rescisória e R$ 10,5 milhões, desde que a saída se desse após 10 de dezembro de 2019.
O novo acerto se deu porque o Peixe estava devendo quatro meses de FGTS a toda a comissão técnica, que ameaçou, em reunião, procurar seus direitos.
Para equacionar o problema, o presidente José Carlos Peres trocou o processo pelo aditamento, gerando enorme prejuízo à agremiação.
Ou seja, desde alguns meses, o Santos sabia que Sampaoli estava insatisfeito e sairia da Vila ao final da data limite (exatamente como o blog noticiou, em janeiro), e, ainda assim, não se preparou, adequadamente, para a situação.
Extremamente profissional, o argentino trabalhou com afinco até o último dia de vínculo, como comprova a goleada sobre o campeão Flamengo, por quatro a zero.
Pedido oficial de demissão de Sampaoli, datado de 11/12/2019