Diante dos desdobramentos ocasionados pela reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo, indicando que os milicianos que mataram a vereadora Marielle Franco teriam frequentado o condomínio do então parlamentar Jair Bolsonaro, com autorização do próprio, questionamos:

  • O Procurador Geral da República arquivou ONTEM, um dia após a referida matéria, as investigações que ligavam o nome de Bolsonaro aos milicianos. Até anteontem não havia motivos para o arquivamento ? Por que ?
  • O MP-RJ disse ter encerrado, ONTEM, a perícia sobre suposto áudio de conversas do porteiro com os moradores do condomínio de Bolsonaro. Coincidência ?
  • Se o Ministério Público não acreditava, como deixou a entender, na veracidade do depoimento do porteiro, por que levou o caso ao STF, diretamente ao Ministro Dias Toffoli ?
  • Especula-se que o porteiro teria mentido ao afirmar ter falado com Bolsonaro no dia em que liberou a entrada dos milicianos, porém, por quais razões, deliberadamente, indicaria em seu prontuário de serviço, há um ano e meio, a casa de um parlamentar, até então sequer candidato a presidente, como local visitado pelo miliciano?

Além das dúvidas, evidencia-se espécie de ‘parceria’ entre as promotorias do Rio de Janeiro e o atual procurador federal com a família Bolsonaro quando um dos filhos do presidente expõe, em redes socais, supostos arquivos das investigações do condomínio que, além de estarem em segredo de justiça, seriam, em tese, inacessíveis por estarem sob perícia.

Por fim, cabe destacar a covardia do Ministro da Justiça Sérgio Moro que segue comportando-se como segurança particular de Jair Bolsonaro com direito a intimidação à testemunha que incomodou o presidente:

“A inconsistência sugere possível equívoco na investigação conduzida no Rio de Janeiro ou eventual tentativa de envolvimento indevido do nome do Presidente da República no crime em questão, o que pode configurar crimes de obstrução à Justiça, falso testemunho ou denunciação caluniosa (…)”

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