Ontem, o São Paulo chegou a um esperado final de relação com o treinador Cuca, há tempos ultrapassado e, psicologicamente, impróprio para as necessidades de um clube, nitidamente, traumatizado pela falta de conquistas recentes.
O erro de avaliação nessa contratação, seguido pela correção na demissão, horas depois transformou-se numa aposta corajosa, mas, tudo indica, acertada, na substituição por Fernando Diniz.
Talvez a melhor jogada de Raí no Tricolor desde que abandonou as chuteiras.
Diniz, se bem amparado diretivamente, pode resgatar o DNA Tricolor, que sempre montou equipes com enorme capacidade técnica, a ponto de, nos anos 80, possuir sete ou oito jogadores convocados à Seleção Brasileira.
Essa retomada de rumo será importante ao São Paulo, que, nos últimos anos, disputou campeonatos com equipes lamentáveis.
Ao escolher ousar e qualificar, inclusive, seus jogadores, o Tricolor foge da mesmice que, comprovadamente, não tem levado o clube a resultados satisfatórios.
O início de trabalho de Diniz pode ser difícil, até que os atletas assimilem um sistema de jogo pouco praticado no Brasil, razão pela qual o apoio do torcedor e a paciência dos cartolas será parte fundamental desta renovação.