FUTEBOL: POLÍTICA, ARBITRAGEM E VERDADE
Fiori é ex-árbitro da Federação Paulista de Futebol, investigador de Polícia e autor do Livro “A República do Apito” onde relata a verdade sobre os bastidores do futebol paulista e nacional.
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“Os invejosos invejam-se reciprocamente”
Joaquim Nabuco – foi um político, diplomata, historiador, jurista, orador e jornalista brasileiro
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Polêmica/VAR
Passou do limite por inveja, superioridade e falta de caráter dos árbitros; explico:
Inveja
Do VAR, mormente integrante FIFA para árbitro não graduado, o mesmo entre árbitros categoria similar
Superioridade
Inadequadas que satisfaça o egotismo para diminuir o trabalho do consorte
Falta de caráter
Do árbitro central para avocar o episódio, principalmente nos lances interpretativos
Continuando
Nesta toada, sugiro que interrompam o VAR, copiem os procedimentos do campeonato inglês e pau na máquina
Almejamos
VAR com o mínimo de influência e máxima agilidade
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14ª Rodada da Série A do Brasileirão – 2019
Sábado 10/08
São Paulo 3 x 2 Santos
Árbitro: Raphael Claus (FIFA-SP)
VAR
Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (SP)
Item Técnico
O primeiro gol da equipe santista teve origem na rebatida da batida da bola na trave direita do goleiro são-paulino, sobrando para Eduardo Sasha em posição legal mandar profundo da rede
No ato
Perfeitamente a assistente 01: Neuza Ines Back (FIFA-SP) virou para o centro do campo, deu alguns passos, parou
Por
Ter visto que Rafael Claus não pondo fé no seu sinalizar foi
Astuto
Caminhando para o interior da área são-paulina ouvindo o VAR
Oitiva
Concluída. Gol santista oficializado
Claus
Esteve impecável por ter marcado a penalidade máxima cometida pelo defensor santista Aguiar no momento que desvio a bola com o braço direito
Penalidade
Batida por Reinaldo, transformada no segundo gol são-paulino 2 x 1
Item Disciplinar
Cartão Amarelo: 06 para são-paulinos e 01 para santista
Flamengo 3 x 1 Grêmio
Árbitro: Braulio da Silva Machado (FIFA-SC)
VAR
Rodrigo D’Alonso Ferreira (SC)
Item Técnico
Acertou por ter ouvido o VAR e caminhar até o monitor para rever o lance da penalidade máxima cometida por defensor flamenguista no oponente David Braz
Penalidade
Batida por Raphael Galhardo, convertida no primeiro gol gremista
Item Disciplinar
Cartão Amarelo: 04 para flamenguistas 02 para gremistas
Domingo 11/08/19
Internacional 0 x 0 Corinthians
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN)
VAR
Rodrigo Nunes de Sa (RJ)
Item Técnico
Sem problema. Joguinho feio da porra
Item Disciplinar
Cartão Amarelo: 03 para defensores do Internacional e 02 para defensores do Corinthians
Palmeiras 2 x 2 Bahia
Árbitro: Igor Junio Benevenuto de Oliveira (MG)
VAR
Ricardo Marques Ribeiro (FIFA-MG)
Item Técnico
Os gols da equipe do Bahia foram marcados após cobrança de penalidade máxima; explico:
1ª – placar apontava Palmeiras 1 x 0, equipe baiana no ataque, bola lançada para o interior da área alviverde, um atacante cabeceia, no mesmo tempo,
– Diego zagueiro palmeirense subiu com os braços a meia altura, redonda desvia e penalidade marcada corretamente
VAR
Ouvido, sem necessidade, árbitro caminhou até o monitor, viu e reviu o lance, voltando apontando a marca da cal
Penalidade
Batida, bola no fundo da rede
2ª – quando da disputa do zagueiro palmeirense Luan com o oponente Arthur;
Próximo
Com plena visão do fato, árbitro interpretou que não houve falta e segue o jogo
VAR
Transmite que ocorreu irregularidade, desnorteado, o boto-branco caminhou até o monitor, viu e reviu, voltou pro campo e,
Contradizendo-se
Marcou penalidade máxima pro Bahia, que, pós cobrada, fechou o placar em 2 x 2
Observação
Lance visivelmente interpretativo. Eu, no ato, marcaria pênalti, não ouviria o VAR
Item Disciplinar
Cartão Amarelo: 07 para defensores do Palmeiras e 04 para defensores do Bahia
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Política
Carisma em compotas
Líderes carismáticos em geral têm parte com o autoritarismo
No Brasil é praxe considerar o carisma um ativo no capital político de candidatos a cargos majoritários. É visto pelo eleitorado como um bom atributo, embora não imprescindível, conforme atestaram as duas vitórias de Fernando Henrique em primeiro turno. Contariam como regra as derrotas de José Serra e Geraldo Alckmin para a Presidência caso não tivessem sido eleitos governadores em São Paulo e perdido a disputa nacional para Dilma Rousseff, nota zero no quesito magnetismo pessoal.
É relativo, portanto, o valor do fascínio, algo inexplicável exercido sobre o eleitorado, embora tal fator tenha peso nas disputas eleitorais. Disso dão notícia as licenças obtidas por Fernando Collor, Luiz Inácio da Silva e Jair Bolsonaro para dar expediente no Palácio do Planalto.
A proposta aqui é divagar um pouco em torno do tema a partir de características marcantes na conduta dos ditos carismáticos quando na busca ou no exercício do poder.
Caracterizam-se pela vulgaridade na linguagem, nos excessos cometidos em nome da informalidade de modo a transparecer autenticidade, o que, ao mesmo tempo, lhes confere uma autoconfiança inesgotável. Do ego hipertrofiado emerge a intolerância ao contraditório e se estabelece a dinâmica da atuação via confronto permanente. No universo deles a luta é uma constante, a razão de ser.
Costumam cultivar mitologia em torno de si, sustentados numa biografia que nem sempre conta a verdade completa. Alimentam fantasias persecutórias de modo a ativar desejos de desmontes de alegadas conspirações. Para isso recorrem a instrumentos de identificação, ressentimento e distração.
Capacidade de fascinar nem sempre é bom quesito para votar em alguém
No primeiro momento dizem o que a maioria quer ouvir. No segundo, exacerbam sentimentos e finalmente ocupam todos os espaços com um falatório sem importância, embora atrativo para os opositores, a fim de distrair o público, que, assim, estaria afastado do debate sobre os problemas concretos, imobilizado quanto a cobranças de governança eficaz.
Todos eles manifestam horror à imprensa livre, ao mesmo tempo que recorrem sistematicamente a ela para se manter populares, cultuam uma biografia mitológica nem sempre baseada em fatos e procuram dar a impressão de que vêm “de fora”, não obstante tenham se valido das regras “de dentro” para se eleger.
A dinâmica desse tipo é manter-se permanentemente como centro das atenções, para o bem ou para o mal. Para isso eles lançam mão de quaisquer recursos, por mais fora de esquadro que sejam ao juízo da racionalidade, pois falam aos que com eles se identificam pela via do ressentimento à deriva.
Cultivam inimigos externos e internos, menosprezam o papel do Parlamento — seja composto de “300 picaretas” ou de representantes da “velha política”. São imunes aos chamamentos à razoabilidade, pois se veem como heróis cujo roteiro privilegia a fé em detrimento do conhecimento.
Tudo isso os une, e não seria preciso estar atento a eles não fosse a necessidade de combatê-los por terem também inequívoca e malévola parte com o autoritarismo.
Jornalista e comentarista Dora Kramer: Publicado na Veja, edição 2648
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Finalizando
“As pessoas têm fome de verdade, mas raramente gostam do sabor quando ela lhes é servida”
George R. R. Martin – é um roteirista e escritor de ficção científica, terror e fantasia estadunidense
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Chega de Corruptos e Corruptores
Se liga São Paulo
Acorda Brasil
SP-17/08/2019
Confira abaixo o programa “COLUNA DO FIORI”, desta semana, que foi ao ar em nosso canal do YouTube.
Nele, o ex-árbitro comenta assuntos, por vezes, distintos do que são colocados nesta versão escrita:
*A coluna é também publicada na pagina http://esporteformigoni.blogspot.com
*Não serão liberados comentários na Coluna do Fiori devido a ataques gratuitos e pessoais de gente que se sente incomodada com as verdades colocadas pelo colunista, e sequer possuem coragem de se identificar, embora saibamos bem a quais grupos representam.