andres mané negão

Meses atrás, Andres Sanches, em desespero pelos problemas judiciais que estavam por estourar – indiciamento por crimes diversos, entre eles os fiscais pelo Corinthians e também a denúncia de utilizar-se de “laranjas” para cometer golpes em empresas de fachada – declarou que não mais seria o gestor do “Fielzão”.

Pressionado por um grupo de conselheiros, ávidos por levar vantagens no empreendimento, voltou atrás.

Hoje, em todos os jogos do Corinthians disputados em Itaquera, além dos suspeito números do “Borderô”, contabilizados por Lucio Blanco, conhecido lacaio do dirigente, e também tratado como um dos “gestores” da Arena, rola solto um comércio paralelo de entradas e facilidades para conselheiros ligados a gestão.

O ex-assessor de Sanches, enquanto presidente, o conselheiro Manoel Ramos Evangelista, o Mané da Carne, em todas as partidas retira diversos ingresso gratuítos – outros no esquema, que explicaremos – e, cara de pau, tem levado “na faixa” ao “Fielzão” a família inteira, desde esposa, filhas, genros, até parceiros de negócios pessoais.

Mas as “galinhas dos ovos de ouro” são os tais ingressos mais baratos para “organizadas”, outros tratados como “especiais” para conselheiros, e os milhares de entradas supostamente doadas a parceiros comerciais, mas, na verdade, revendidas no mercado paralelo.

No caso das “organizadas”, a cúpula, formada por gente ligada a criminalidade, recebe as entradas a R$ 25, enganam os associados (deles) mais humildades, revendem por R$ 50, e dividem o lucro com conselheiros do Timão ligados ao esquema.

Levando em consideração que 7 mil ingressos são reservados a essa gente, todos vendidos, por partida, o lucro é de R$ 175 mil, somente nessa boca de corrupção.

Mas o dinheiro grosso vem das tais entradas especiais, algumas de venda proibida, todas comercializadas por valores próximos de R$ 150.

Há partidas em que cinco mil ingressos, supostamente gratuítos, foram repassados nesse “sistema”.

Ou seja, R$ 750 mil a ser dividos entre os aproveitadores do clube.

Quase R$ 1 milhão por partida, que, acrescidos aos, agora, mais de R$ 450 mil de despesas não justificadas (número da última partida) dão o grau de desfalque, não apenas aos caixas alvinegros, mas também na amortização da pendência, bilionária, com a Arena.

Enquanto isso, o torcedor comum sai as ruas para protestar contra os valores de ingressos mais caros do Brasil, que poderiam ser bem menores não fosse os desvios de conduta – e dinheiro – praticado por dirigentes e conselheiros, com a conivência da atual gestão e da cúpula das “organizadas”, gente que se diz torcedores do Corinthians.

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