Desde 2016, a FAAP (Federação das Associações de Atletas Profissionais) tenta receber, por intermédio de ação judicial, R$ 611,6 mil (quantia com correções) do Corinthians.
Trata-se de calote em impostos, previstos pela legislação, oriundos de transações de jogadores.
Na mesma ação, documentos indicaram que o clube descontou a quantia dos atletas, mas não repassou a quem de direito.
Em tese, configuraria o crime de ‘apropriação indébita’, combinado com ‘sonegação de impostos’.
Para evitar o provável indiciamento criminal de seus cartolas, o Corinthians, assim que intimado, terá 15 dias para quitar a pendência.
O calote em tributos é prática habitual no Parque São Jorge, estimulada por dirigentes notórios, como Raul Corrêa da Silva e Sérgio Alvarenga, com adesão do presidente Andres Sanches.
Não à toa, quatro cartolas do clube seguem réus em três ações de cobranças de impostos na Justiça Federal: Andres Sanches, Raul Corrêa da Silva, André Negão e Roberto Andrade.
Nestes casos, a Justiça determinou que somente após a quitação total das parcelas – e se não houver atraso – extinguirá a punibilidade.
As trapalhadas do quarteto obrigaram o Corinthians a tomar empréstimos no mercado (mais de R$ 100 milhões), em condições desfavoráveis, para depositar como entrada em acordo de pagamento, objetivando a salvação dos dirigentes.