A vitória da Seleção Brasileira sobre uma Argentina brigadora, mas ainda, apesar de melhor em campo, aquém de suas possibilidades, é daqueles êxitos que não deve ser tratados com excessivo otimismo.
Tirante as jogadas de gol, isoladas, uma em cada tempo de jogo, a criatividade ofensiva foi bem limitada.
De bom, apenas, além da vaga à finalíssima da Copa América, o comportamento defensivo.
Os tentos brasileiros foram assinalados por Gabriel Jesus (uma pintura, em jogada coletiva com participação de Philippe Coutinho, Daniel Alves e passe precioso de Firmino), na primeira etapa, e Firmino, no tempo final.
Dos argentinos o que se pode dizer é que Messi colocou bola na trave, correu, teve momentos de brilhantismo, mas a reciprocidade quase nula e a diferença técnica dele para os companheiros – apesar da luta de todos – impediram resultado melhor.
O Brasil é grande favorito à conquista da Copa América, mas não demonstrou futebol, nem evolução, para objetivos maiores, enquanto a Argentina, se não surgirem dois grandes zagueiros até o próximo mundial, além de um companheiro razoavelmente qualificado para trocar passes com Messi, deverá seguir morrendo na praia ou chegando próximo a ela, nos torneios que vier a disputar.