O Blog do Paulinho publicou, ontem, analise sobre o comportamento da Rede Globo ao afastar o jornalista Mauro Naves e aplicar-lhe uma espécie de “pito” público no Jornal Nacional.
Muita gente não entendeu nossa aprovação à emissora, por isso, vamos ao ponto principal dos questionamentos.
Mauro Naves, tivesse apenas repassado, como é contado em versão oficial, o telefone de Neymar pai para o advogado da suposta vítima do filho, com quem também manteria relações, estaria agindo sem o desvio de conduta apregoado.
Nós, diariamente, passamos e recebemos telefones de/para colegas de profissão ou fontes de nosso trabalho.
Mas o procedimento do repórter não se limitou à essa simples troca de informações.
Naves participou, conscientemente, de uma tentativa de livrar a cara de Neymar, sabedor que era do teor do que seria discutido, aliás, assunto este (a traição do advogado, sabe-se lá a que termos, à suposta vítima) a ser investigado pela OAB.
Depois, com o resultado do encontro nas mãos, a reportagem, distorcida na essência, seria repassada ao público (como, de fato, aconteceu) como “indignação” do profissional diante de mentiras contadas pela cliente.
Em diversos episódios da carreira o jornalista protegeu, por ação e omissão, dirigentes e jogadores, mesmo ciente do que faziam nos bastidores do esporte.
A Globo, que recebeu a matéria como apuração do jornalista, percebeu que, em verdade, tratava-se de uma armação, em que seu profissional teria participado ativamente.
É obvio que o afastamento de Mauro Naves não se deu, pura e simplesmente, pela troca de telefones, que até William Bonner deve praticar nos bastidores da emissora, mas pelo conjunto da obra, extenso, amplamente conhecido de quem é bem informado nos bastidores do esporte.
Em Tempo: o advogado a quem Mauro Naves teria fornecido o telefone de Neymar é sócio do jogador e de vários de seus amigos, o que, por razões evidentes, torna estranho o procedimento.
Para saber mais sobre isso, clique no link a seguir:
Um caso que fica cada vez pior pelo descaso dos envolvidos.