
Luias Paulo Rosenberg, Andres Sanches e Matias Ávila
O BMG, que já participava da vida esportiva e financeira do Corinthians desde 2007, em transações de jogadores e também emprestando dinheiro, por vezes com as duas operações casadas, fechou grande negócio ao patrocinar a camisa alvinegra pelos próximos anos.
Além de pagar R$ 12 milhões anuais pelo espaço mais caro do futebol brasileiro (menos do que a arrecadação de uma partida do clube na Arena de Itaquera), mísero R$ 1 milhão mensal, dividindo 50% dos lucros de um pacote de produtos bancários que, até o momento, não saiu do vermelho, seus dirigentes incluíram benesses diversas no acordo, entre as quais a exigência de 50 entradas de camarotes centrais (os mais caros) em jogos que o Timão for o mandante.
Os preços das entradas nesses setores variam de R$ 300 a R$ 1,5 mil.
Levando-se em consideração que a cúpula do banco, bem relacionada com dirigentes alvinegros, não ficaria em locais pouco luxuosos, mas também deixaria de se expor no mais caro (o de R$ 1,5 mil, com piscina), tomaremos como base de cálculo o valor de R$ 1 mil, condizente com a operação.
O Corinthians, em 2018, mandou 39 jogos na Arena de Itaquera (em períodos de vacas gordas, poderiam ser ainda mais).
Na soma geral, R$ 1,95 milhões em ingressos beneficiariam os dirigentes e convidados do BMG, que, fora isso, também previsto em contrato, obtiveram direito de ganhar camisas do Corinthians e adentrarem ao gramado, em setor especial, com acesso livre a fotos e autógrafos com jogadores.
Ué, Paulinho, se é o “espaço mais caro do futebol brasileiro”, porque, como você mesmo mostra, a adesão aos produtos do BMG (que depende só da torcida, não da diretoria) é um fracasso retumbante? Porque o Corinthians só consegue patrocínio acima da média quando via conexões escusas, tipo o da Caixa? Você pode repetir essa mentira quantas vezes quiser que não vai virar verdade. Tipo a tal audiência fantástica do Corinthians que, em verdade, não é nada de especial comparada aos outros grandes paulistanos.