A vitória por três a um, de virada, agora há pouco, diante do Fluminense, num estádio de Itaquera tomado por 46 mil enlouquecidos, confirmou, com três rodadas de antecedência, o hepta-campeonato Brasileiro do Corinthians.

Dois gols de Jô, artilheiro e melhor jogador do torneio, outro de Jadson.

Após o susto de levar um gol, de Henrique, logo no primeiro lance do jogo, o Corinthians voltou com tudo para a segunda etapa e, nos primeiros três minutos, com Jô, definiu a partida.

Jadson fez o terceiro, para confirmar o titulo, aos 39 minutos.

Deu tempo ainda para Danilo, 38 anos, quase um ano sem jogar por conta de contusão, entrar no final e ser homenageado, com a faixa de capitão.

Desde que o torneio foi criado, em 1971, o Timão venceu em 1990, 1998, 1999, 2005, 2011, 2015 e 2017.

Três títulos com Alberto Dualib, dois com Roberto Andrade e um cada para Vicente Matheus e Andres Sanches, demonstração clara de que o clube sempre teve vocação para vencer, seja qual for o grupo gestor.

Por falar nisso, é grande o percentual de mérito do treinador Fabio Carille, nesta conquista: quinta opção da diretoria, foi empossado, afastado, retornou ao cargo porque o clube não tinha dinheiro para contratar outro profissional, e, ainda assim, não se abateu, realizando grande trabalho tático, organizando jogadores medianos que, no máximo de seus limites, juntos, prevaleceram sobre as demais agremiações.

O histórico primeiro turno jamais será esquecido, apesar do sangue-frio em disputar o restante do torneio administrando a enorme vantagem conquistada.

Outro que precisa ser exaltado é o ex-lateral Alessandro, verdadeiro gestor do departamento de futebol alvinegro, que garantiu ambiente saudável ao grupo de atletas, mesmo tendo, a cada derrota, a cabeça pedida na bandeja pelo desafeto Andres Sanches, precisando ainda lidar com a incompetência notória do ex-jornalista Flavio Adauto, que, apesar de Rainha da Inglaterra, quando resolvia “pavonear”, comprometia, por vezes, o trabalho, em desastrosas entrevistas.

Politicamente, o grande perdedor é Andres Sanches, que, apesar de fazer parte do grupo gestor, trabalhou, nos bastidores, boicotando todo o departamento profissional (exigindo a contratação de Cristóvão, em exemplo), declarou, no período em que o time não se acertava, “que não tinha mais nada a ver com o futebol”e também pelo impeachment do presidente (que havia indicado), ato reconsiderado após chantagem que lhe garantiu o comando das categorias de base alvinegras.

Superando todos estes problemas, o Timão foi, de fato, a melhor equipe do Brasileirão, merecedor absoluto desta grande conquista, que deverá ser comemorada por todo torcedor alvinegro, que já pensa num Corinthians mais forte para a difícil disputa da Libertadores 2018, e, quiça, do Tri-Mundial ao final do mesmo período.

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