“Todas doações dissimuladas. O que estou falando aqui é que o dinheiro da campanha, nenhum é dinheiro limpo.”

(Joesley Batista, dono da JBS, em delação premiada)


Por intermédio de doação oficial de campanha, a JBS diz ter realizado mais de 1800 repasses de dinheiro, que trata como pagamento de propina, a diversos políticos espalhados pelo Brasil durante as Eleições 2014.

Entre os quais, o ilibado Jair Messias Bolsonaro.

O parlamentar de extrema-direita está listado na deleção do executivo Ricardo Saud, no anexo nº 36, como beneficiário de R$ 200 mil (50% de todo o montante gasto pelo militar na reserva em campanha.

Recentemente, talvez sabedor de que seria objeto de delação, Bolsonaro explicou, em vídeo, que aceitou o dinheiro, mas, ao perceber que tratava-se de repasse do “fundo partidário” com origem da JBS, devolveu o montante, “por não aceitar dinheiro desse tipo de gente”.

A referida devolução, porém, se deu um dia antes do recebimento.

Premonição? “Erro contábil”, respondeu Bolsonaro.

No mesmo dia em que realizou a operação de devolução, como que por encanto, outros R$ 200 mil foram-lhe repassados pelo PP, sem que a indicação da JBS constasse no documento.

A operação está registrada sob recibo eleitoral nº 011200600000RJ000002.

Coincidência para alguns, dissimulação da origem para outros.

De oficial mesmo é que Bolsonaro está listado no MPF como possível recebedor de propina (segundo argumento da JBS) nas eleições de 2014, e, certamente, será investigado pela acusação.

ABAIXO TRECHO DO ANEXO nº 36 EM QUE BOLSONARO É LISTADO PELA JBS COMO RECEBEDOR DE R$ 200 mil.

PRESTAÇÃO DE CONTAS DE JAIR BOLSONARO INDICANDO DOIS RECEBIMENTOS DE R$ 200 mil NO MESMO DIA (UM DELES DA JBS, OUTRO DO PP)

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