Em delação premiada, Leonardo Meirelles, operador da Odebrecht, disse ter pagado propina a Gustavo Arribas, chefe de inteligência da Argentina, nomeado pelo presidente Maurício Macri, com quem divide negócios desde o tempo de Boca Juniors.

Fala-se em dez transferências de US$ 850 mil a uma conta do argentino na Suíça.

O episódio teria ocorrido em 2013.

A notícia caiu como uma bomba na Argentina.

Segundo a delação, Odebrecht e OAS dividiram os pagamentos, sendo que os comprovantes de transferências já estão em poder da Justiça Brasileira.

Arribas tem, no Brasil (apesar de ser funcionário publico argentino), uma vida quase despercebida, é dono de diversos imóveis e empresas (algumas que existem apenas no papel), encontrando-se, publicamente, com gente que lhe facilita a vida, ainda, no ofício de intermediador de negócios no futebol.

Entre os quais, o deputado federal Andres Sanches (PT), que, à triste época da MSI no Corinthians ajudou-o, junto com Kia Joorabchian (que era sócio de Arribas), a colocar Carlitos Tevez no Timão e o agente de jogadores Olivério Junior, também ligado ao iraniano.

Arribas (que deveria ser objeto do cargo que ocupa, nunca o titular da pasta) e Macri são suspeitos de, somente nesta transação, terem embolsado US$ 2 milhões em comissionamento indevido, em operação que teria lesado os caixas do Boca Juniors.

O Blog do Paulinho, à época da escolha de Arribas para chefiar a inteligência argentina, alertou sobre a temeridade do procedimento:

Presidente da Argentina coloca empresário de jogadores, acusado de ser mafioso, em importante cargo no Governo

Atual presidente da Argentina teria “embolsado” US$ 2 milhões na transferência de Tevez para o Corinthians

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