Na última quarta-feira (08), o Arena Fundo de Investimento Imobiliário – FII, gestor do estádio de Itaquera, aprovou, por unanimidade, novo acordo com a CAIXA, relativo ao repasse dos R$ 400 milhões (já efetuados) junto ao BNDES.

Diz a ata, registrada um dia depois (09), que houve comparecimento de todos os cotistas, ou seja, Corinthians, Odebrecht e Arena Itaquera S/A (BRL TRUST).

Recentemente, em reunião do Conselho Deliberativo, decidiu-se que o clube de Parque São Jorge não poderia assinar novos acordos relativos ao estádio sem conhecimento prévio e anuência do órgão.

A direção alvinegra, em clara afronta, ignorou.

Foram aprovados pelo FUNDO ARENA, segundo o documento de reunião:

“Os representantes dos cotistas deliberaram de forma unânime pela aprovação da assinatura dos instrumentos exigidos pelo financiador (CAIXA), incluindo o Contrato de Financiamento Mediante Repasse nº 417.355-11, contratado com o BNDES, entre a Arena Itaquera, a CAIXA e demais partes, bem como a assinatura dos demais contratos necessários (aditamentos), ao implemento das condições dispostas na Comunicação Eletrônica GECOA 6.2050/2016, enviada pela CAIXA no dia 29 de dezembro de 2016 (Comunicação CEF), condição de eficácia para a concessão de prazo de carência total (juros e amortizações) do serviço da dívida do Financiamento por seis meses, com início em 15 de novembro de 2016 e final em 15 de abril de 2017, inclusive, conforme também disposto na Comunicação CEF.”

“Deste modo fica a Administradora autorizada a realizar todos e quaisquer atos necessários para a implementação da matéria aprovada.”

Em resumo, o Corinthians e seus parceiros do estádio, estavam sem pagar o financiamento do estádio, desde antes da metade de 2016, e voltaram a fazê-lo a partir de novembro (em ato contínuo) com prazo final (para o calote) até abril de 2017 (próximo mês), mas somente na última semana, aprovaram, de fato, esta manobra.

Ampliou-se, por consequencia, o valor da dívida da Arena, com novas cobranças de juros e correções sobre o valor final contratado.

Uma atitude de pouca transparência, que dá margem à suspeita de ocultação de procedimentos, sabe-se lá por quais razões, aos órgãos de fiscalização dos envolvidos (no caso do clube, seu Conselho Deliberativo).

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