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Representando o Corinthians, em entrevista ao UOL, o novo (que já foi antigo) diretor jurídico do clube, Luis Bussab, ao tentar defender Roberto “da Nova” Andrade, que sofre processo de impeachment, acusado de, em fraude, assinar documento do Arena Fundo dois dias antes de ser eleito presidente, disse:

“No processo vamos apresentar provas de que ele (Roberto) assinou aqueles documentos quando já estava empossado presidente”

“Inclusive estamos retificando a ata no fundo, colocando a verdadeira data que ele assinou já empossado”

Bussab, que tem má-fama no que diz respeito a trabalhos, digamos, obscuros ligados a eleições do PT, além de ter sido acusado, tempos atrás, pela ex-controler do Timão, Nilza Fiuza (ex-chefe de gabinete de Dilma Rousseff em São Paulo)  de ser responsável por um esquema de “Caixa 2” na gestão Andres Sanches, se de fato a CVM aceitar, poderá até modificar a data assinalada no documento, mas dificilmente conseguirá explicar outros trechos da ata, configurações claras doutras fraudes.

São eles:

CONVOCAÇÃO: Convocação dispensada tendo em vista a presença da totalidade dos quotistas do Fundo.

PRESENÇA: Validamente instalada com a presença da totalidade dos Quotistas, conforme assinatura da Lista de Presença da Assembléia Geral dos Quotistas.

ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, o Presidente colocou a palavra à disposição dos presentes e, como ninguém manifestou interesse em fazer uso dela, suspendeu a sessão pelo tempo necessário à lavratura da presente ata, a qual, depois de lida e considerada conforme, foi assinada por todos os presentes.

Seja qual for a verdade, Roberto Andrade continuará mentindo aos conselheiros do Corinthians:

  • Se assinou antes de ser presidente;
  • Se assinou depois, ratificando estar presente numa reunião em que não havia a presença de ninguém (todos os acertos se deram por email com posterior inclusão de assinaturas);
  • Se assinou depois, ratificando ter assinado uma lista de presença inexistente;
  • Se assinou depois, abrindo mão “de fazer uso da palavra”, que, por razões óbvias, nunca lhe foi oferecida.

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