O STJD enquadrou o treinador Cuca, do Palmeiras, por infingir a Lei que impede a utilização de pontos eletrônicos (ou qualquer tipo de comunicação semelhante) em partidas de futebol.
É pouco.
O caso foi agravado pelas declarações públicas do técnico, desmentindo o que as imagens captadas pela Globo mostraram, em detalhes.
Mas a punição na Justiça Desportiva, merecida, será pouca coisa diante da irresponsabilidade de profissionais pagos, com salários reluzentes, por um clube que diz estar sendo dirigido profissionalmente.
É inadmissível que, não apenas Cuca, mas seu assessor (o próprio irmão) e demais coniventes, como o médico do clube (pobre medicina) – responsável por ser “office-boy” do aparelho, atuem de maneira tão varzeana sem que o Palmeiras, no mínimo, lhes chame a atenção.
Não se trata de discutir a bobagem que é proibir os ‘pontos eletrônicos” (o blog, por exemplo, é favorável à utilização), mas sim de cumprir as regras do jogo, mesmo que, por ventura, não se concorde com o teor das mesmas.
Outra coisa: Cuca precisa parar de faltar com a verdade publicamente.
Não é a primeira vez e está se tornando constante em sua carreira.
O Palmeiras daria grande exemplo ao mundo do futebol antecipando-se, diante das inequívocas provas, em admitir o erro e punir seus próprios profissionais, em vez de gastar dinheiro com advogados em vexame, inevitável, nos Tribunais.