charge marin del nero

Desde os tempos de CBD, mais especificamente quando o comprovadamente corrupto João Havelange (que foi flagrado recebendo propina por investigação na Suiça) assumiu o poder, a CBF passou a trabalhar para que dirigentes de um mesmo grupo permanecessem, a qualquer custo, no poder.

O futebol ?

Ninguém se importava, se bom ou ruim, desde que tudo estivesse a contento para a cartolagem.

Tanto que depois de Havelange (com um único momento fora do controle dessa gente, no curto período Giulite Coutinho – da Seleção de 82- em que não havia escândalos e o futebol era priorizado), veio Ricardo Teixeira, um zero a esquerda em conhecimento futebolístico, mas um “ás” da corrupção, como poucos, capaz ainda de, mesmo afastado da entidade (teve que sair do Brasil às pressas) manter alguma influência na CBF.

Após a queda de Teixeira, assumiu um vice com hábitos semelhantes, vivaldino, de nome José Maria Marin, pelego da Ditadura, que tratou logo de preparar o terreno para Marco Polo Del Nero, advogado controverso, de práticas reprováveis, sócio no escritório (e talvez não apenas) de um execrável da política, ex-funcionário do mafioso russo Boris Berezovsky, o petista e deputado federal, Vicente Cândido.

Sem adversário relevante (o único que tentou se insurgir era ainda pior moralmente, o ex-presidente do Corinthians, Andres Sanches, tão inconfiável que nem mesmo os venais dirigentes de Federações decidiram bancar), Del Nero nadou de braçada nas eleições (que, por sinal, antecipou para antes da Copa do Mundo, raposa velha que é, evitando assim o reflexo da provável derrota – que aconteceu).

Como resultado, o ex-presidente da FPF (que afundou os clubes do interior em sua gestão) assumirá hoje o comando do futebol brasileiro, que permanece, há décadas, em “cativeiro”, refém dessa gente que nada quer mudar, para benefício próprio e de seus agraciados.

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