Conforme demonstrado no início da semana, o Corinthians foi condenado, em recurso julgado pelo CARF, a pagar R$ 347,4 milhões, oriundos de calotes em diversos impostos, entre 2007 e 2010, período da gestão Andres Sanches.
Dívida escondida ? CARF condena Corinthians a pagar R$ 347,4 milhões em impostos
– R$ 31 milhões (IRPJ 2006, a ser pago em 2007)
– R$ 9,3 milhões (CSLL 2006, a ser pago em 2007)
– R$ 1 milhão (PIS 2006, a ser pago em 2007)
– R$ 9,6 milhões (COFINS 2006, a ser pago em 2007)
– R$ 178,8 milhões (IRPJ de 2007 a 2010)
– R$ 54,1 milhões (CSLL de 2007 a 2010)
– R$ 9,9 milhões (PIS de 2007 a 2010)
– R$ 53,5 milhões (COFINS de 2007 a 2010)
Essa dívida nada tem a ver com os R$ 94 milhões, apropriados e não pagos, que levaram quatro dirigentes (Andres Sanches, Roberto “da Nova” Andrade, André Negão e Raul Corrêa da Silva) a serem indiciados por crimes fiscais, e o clube, para salvá-los, a realizar empréstimo às pressas para quitar a pendência, onerando-se, com o novo credor, em quase três vezes o valor inicial.
Todas as aprovações de contas subsequentes ao exercício de 2007, que omitiram fatos e números, estão, por consequencia, ainda mais comprometidas.
Há a necessidade, urgente, de explicações plausíveis, e documentadas, ao associado alvinegro, tanto de Raul Corrêa da Silva, ex-diretor financeiro, responsável por assinar os calotes, quanto do atual, Emerson Piovesan, que contabilizou as pendências de 2006 (caloteadas por Sanches, em 2007).
É preciso saber, também, que medidas serão adotadas para cobrir mais essa despesa, levando-se em consideração o enorme comprometimento das receitas alvinegras (muitas para pagar empréstimo), além do investimento (diante desse novo quadro) a ser realizado para manter um time de futebol competitivo nas disputas futuras.