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Tirante São Paulo, em que muito dinheiro foi investido para que a Avenida Paulista recebesse algum público (manifestantes profissionais, comida, transporte, etc.), no geral, a manifestação popular a “favor” da Petrobras e contra o “golpe” (alcunha pelo qual petralhas tratam o democrático processo de impeachment) foi um retumbante fiasco.

A começar pelos organizadores, CUT, UNE e MST, que fazem parte da nata da bandidagem nacional, assim como quase todos os “sindicatos”, espécies de faculdades para formação de novos mensaleiros, petroleiros, etc.

Não há como ser “a favor” da Petrobras exigindo a permanência no poder de uma organização criminosa (PT) responsável, segundo todos os delatores, por institucionalizar a roubalheira na Estatal.

Se o esquema de propinas existe na Petrobras desde o início de suas atividades (isso é óbvio, lamentavelmente), foi a partir do Governo Lula, dando sequencia, posteriormente, no de Dilma Rousseff, que, além de orquestrar os propineiros, passou a fazer parte da partilha, em grau elevadíssimo de valores, sob pretexto de manter o projeto de poder.

Aliás, muito mais do que dividir, o Governo exigiu, conforme provas e depoimentos, a chefia das referidas operações criminosas.

Os “trabalhadores” que ontem faltaram no serviço ou simplesmente não trabalham, em pleno dia útil de uma sexta-feira, chamavam de “elitistas” e “golpistas” gente que escolheu um dia de domingo (por que precisam trabalhar durante a semana) para se manifestar, legitimamente, contra a corrupção, exigindo justiça a quem dela participou.

Não haverá ônibus, nem cachê, muito menos lanchinho para quem sair de casa no próximo dia 15, mas certamente serão observadas as cores verde e amarela, pouco ou nada vistas durante o protesto de ontem, escondidas atrás das bandeiras das organizações criminosas que se disfarçam de sindicatos para roubar o dinheiro do verdeiro trabalhador.

“Sindicalistas” que, assim como Lula, invariavelmente enganam trabalhadores com discursos populistas, almejam o poder, para, com hábitos semelhantes, após o objetivo alcançado, tirar proveito para si e para o seus (companheiros).

O Brasil, de fato, não possui nem Governo confiável (aliás, o Executivo, comprovadamente, está infestado de ladrões), muito menos opositores, mas há de ter um povo capaz de se indignar (sejam ricos, pobres, de varandas gourmet ou lajes de churrasquinho) contra todos os malfeitores.

O lado a ser defendido nas manifestações não é nem do PT, muito menos do PSDB, mas sim do Brasil.

Hoje a prioridade é reclamar pela punição aos ladrões do Executivo, que são comandados pelo PT, em nada impedindo, porém, que os acusadores de hoje sejam os reclamados de amanhã.

Se os atuais governantes são passíveis de impeachment, ou não, o tempo e as provas dirão, mas, democraticamente, devem aceitar a indignação popular, que, fora toda a roubalheira evidente, está perplexa com as mentiras escandalosas contadas pela atual presidente na última campanha eleitoral.

Independentemente de desejo de impeachment (que este jornalista é favorável, desde que instaurado e julgado dentro das Leis), que nada tem a ver com golpe, a manifestação do dia 15 servirá para que o Governo entenda que a população não concorda com seus procedimentos, quer os ladrões punidos e estará cada vez mais atenta aos “equívocos”, desvios de conduta e desmandos cometidos.

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