Cortes de Mano Menezes demonstram submissão a José Maria Marin

Está de parabéns, apesar de ser antidemocrático e perseguidor de jornalistas, o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, em se rebelar contra a nova regra imposta pela FPF para gerir a composição de inscritos dos clubes na disputa do cada vez menos interessante paulistinha.

Foi o único dirigente com coragem, em meio a atemorizados e bovinos* presidentes de clubes adversários.

Sem nenhuma vantagem esportiva relevante, em meio a clubes do interior falidos e dominados por empresários, a única utilidade do torneio, até então, tirante as cotas financeiras, seria a possibilidade de avaliar novas contratações e garotos oriundos das categorias de base, colocando-os em ação numa competição oficial.

Aidar tem absoluta razão ao lembrar que a decisão jogará por terra investimentos milionários dos clubes na formação de atletas, impossibilitados, pela nova regulamentação, de serem lançados adequadamente.

De fato, uma coisa é jogar Copa São Paulo e outros campeonatos “Sub-qualquer coisa”, outra é encarar a tensão do profissionalismo, em que são testados não apenas o talento com a bola, mas a personalidade e poder de decisão dos que podem vir a se tornar astros das equipes.

Ao limitar os inscritos em 28 atletas, a FPF atende aos interesses da Rede Globo, que teme perder audiência em jogos eventualmente disputados por equipes mistas, em detrimento de seus filiados, aqueles que, em tese, lhe garantem o sustento.

* pedimos licença aos eleitores de Roberto Dinamite, presidente do Vasco da Gama, para utilizar o termo “bovinos” nesta matéria.

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