Num julgamento em que o pleno do STJD passou horas tentando mais defender seus interesses do que propriamente julgar, adequadamente, a questão envolvendo a Portuguesa, a imoralidade foi mantida, a Lei descumprida, com a manutenção do primeiro resultado e o consequente rebaixamento da equipe paulista.
Oito votos a zero.
Patética a intervenção do procurador Paulo Shmitt, que tentou justificar a não aceitação do Estatuto do Torcedor – claramente desrespeitado- dizendo que mudaria a Justiça Esportiva por causa de dois casos, como se mudar para acertar fosse algo incorreto.
Sem contar também as diversas citações raivosas feitas pelos auditores, relatores e procurador, ao trabalho da imprensa séria, que provou, sem sombras de dúvidas, que o STJD, para manter o poder, finge não entender que uma Lei Federal (Estatuto do Torcedor) se sobrepõe a qualquer norma esportiva.
Novamente a atuação dos advogados da Portuguesa foi deficiente, com Felipe Ezabella pedindo o afastamento do procurador (que não poderia ser afastado, por lei), e João Zanforlin errando ao insistir na bobagem de desqualificar o próprio jogador da equipe e a importância da partida, acertando apenas no final, quando citou, com propriedade, o Estatuto do Torcedor.
Resta agora a Portuguesa recorrer à Justiça Comum, local em que dificilmente deixará de obter êxito se as Leis, de fato, forem julgadas com seriedade.