capez marin del nero

Aproveitando-se da comoção popular pelas confusões proporcionadas pelas “organizadas” no estádio em Joinville, a CBF decidiu “lucrar” politicamente com o episódio.

Sonia Racy, em sua coluna no Estadão, informa que a entidade criou, ontem, um “Conselho de Segurança”, que será presidido pelo conselheiro do Corinthians, ex-promotor e atual deputado, Fernando Capez.

Uma verdadeira afronta à memória da população brasileira, e, principalmente, a de São Paulo.

O presidente da CBF utilizou como justificativa a “luta” de Capez, segundo ele, bem sucedida, que teria culminado na extinção das torcidas “Independente” e “Mancha Verde, após outro triste episódio das arquibancadas, ocorrido no ano de 1995.

É uma manipulação da verdade abominável.

Na ocasião, Capez, ávido por holofotes, nada fez de prático para modificar a conduta dos torcedores nos estádios, muito menos a dos dirigentes, principais responsáveis pela sobrevivência das facções criminosas “organizadas”.

O então promotor preferiu agir com a famosa “cortina de fumaça”.

Extinguiu o que não dava para ser extinto – tanto que todas continuam funcionando, da mesma maneira como antes – protegeu os Gaviões da Fiel – seu reduto eleitoral – da execração pública, apareceu na mídia como herói, conseguiu se eleger às custas da bravata e, tão somente depois, descobriu-se a fraude de suas atitudes.

Premiar Capez pela “incapezcidade” é puro jogo de interesses da CBF, com o intuito claro de beneficiar a poucos, numa atitude claramente “gattopardista”, ou seja, de “mudar para que tudo permaneça como está.”.

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