Com o futebol enfrentando problemas, a gestão do presidente delegado Mario Gobbi, no Corinthians, fica, a cada dia, mais isolada.
Bajuladores costumam dar as caras somente quando a maré está a favor.
Na tempestade, são os primeiros a abandonar o barco.
Sobram, em tese os que chegaram juntos ao poder.
Destes, desde o ano passado, boa parte – os mais ligados a Andres Sanches – age mais como oposicionistas do que aliados.
Alguns explicitamente, outros, às sombras.
Entre seus dirigentes, um dos vice-presidentes eleitos, Luis Paulo Rosenberg, sequer frequenta mais o clube, o outro, Elie Werdo, de expressividade nula, mesmo quando o faz sequer é notado.
O Diretor de Finanças, Raul Corrêa da Silva, embora pose de aliado, anda absolutamente insatisfeito por não ter seu nome indicado para a disputa presidencial que está por vir, e, de reuniões em reuniões, vem checando possibilidades de lançar-se mesmo sem apoio da situação.
De relevante, sobrou apenas o assessor, Sergio Alvarenga, mais por lealdade de vida do que propriamente estar satisfeito com a gestão.
Há, porém, os homens do departamento de futebol.
Aliás, eis ai mais um dilema de Gobbi.
Quase todo o clube quer a demissão de Edu Gaspar, Roberto “da Nova” Andrade e Duilio do “bingo”.
Edu e Duilio por absoluta promiscuidade com os atletas, seja em “baladas” ou até “jogatinas”.
“Da Nova” por fechar os olhos aos desmandos.
O delegado finge que não é com ele, temendo perder o apoio de um grupo que ainda lhe trata com alguma fidelidade.