A nuzmania e os hermidas

Por ALBERTO MURRAY NETO

Percebam como Carlos Nuzman anda sumido depois que foram veiculadas notícias de que a Presidenta Dilma Rousseff está muito desgostosa com o trabalho dele, a tal ponto que, em uma reunião havida no gabinete presidencial, após veemente reprimenda, fez o presidente do COB e do Co-Rio chorar, na presença de outras testemunhas. E ato contínuo nomeou o General Fernando Azevedo Silva para dirigir a Autoridade Pública Olímpica, com a função de colocar ordem na casa. Relembrem colunas publicadas por Juca Kfouri sobre o tema, há algumas semanas.

A partir daí, Nuzman desapareceu do noticiário, deixou de circular, justo ele, que é tão afeito aos holofotes e à badalação. Esse sumiço é sintomático, um aconselhamento de sua assessoria de imprensa, daqueles outros contratados para tentar melhorar sua imagem no Distrito Federal, conforme também noticiado pela Folha de São Paulo.

A opção pela momentânea atitude “low profile” de Nuzman é para ver se ele cai no esquecimento, ao menos por um período, de tal forma que os acirrados ânimos palacianos contra ele sejam amainados e ele consiga uma sobrevida.

Mas a situação do presidente do COB e do Co-Rio não é fácil. O Palácio do Planalto está decidido a fazer com que os Jogos Olímpicos de 2.016 não sejam uma repetição do escândalo que foram os Jogos Panamericanos de 2.007, 1.000% mais caros e sem legado algum para o Rio.

E para que isso não se repita, o Governo está convencido de que é necessário mudar aquela mesma gente que administrou o desastrado Pan 2.007 e que até agora tem, mal e mal, tocado o Rio 2.016.

Se Nuzman continuar, o que se projeta é que terá seus poderes e influência muito reduzidos.

Facebook Comments