Após a descoberta de que o presidente da Federação Paulista de Futebol estaria se utilizando dos serviços do gerente de TI da CBF, Fernando França, para espionar adversários políticos da CBF, o clima entre situacionistas e oposicionistas ficou insustentável.
Os ataques se sucedem.
Na última semana, recebemos provas de que mais duas pessoas, além das que já foram citadas noutras matérias, passaram pelo “notebook” de Del Nero.
Trata-se do Presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelleto Neto, CPF nº xxxxxx85015, PIS nº 128xxxxx74, e do ex-braço direito de Ricardo Teixeira, Marco Antonio Teixeira, CPF nº xxxxx353634 e PIS nº 100xxxxx635, ambos orquestradores de grupos oposicionistas à atual gestão da CBF.
Porém, em pré-defesa, evitando ser relacionada aos hábitos de Detetive Particular de Del Nero, a CBF ingressou com ações judiciais contra seus desafetos, dizendo ser ela a investigada, inclusive com invasão de sistema de informática, justamente a área controlada pelo “funcionário” do presidente da FPF.
Recentemente, a CBF teve pedido indeferido, no Processo nº 0007361-15.2013.8.19.0000, para identificação dos IPs, nºs 187.67.160 e 187.13.38.69, aos quais acusam de serem os invasores dos computadores da entidade.
O primeiro, com localização na Holanda, o segundo, do Rio de Janeiro, segundo apuramos.
Na sequencia, em Ação nº 0051769-88.2013.8.19.0001, a CBF mais uma vez se viu derrotada, ocasião em que acusou Marco Antonio Teixeira de vazar dados da entidade à imprensa e também ao MP-RJ.
O problema agora, para os gestores da entidade, é que, no último dia 10 de setembro, deu entrada na 42ª Vara Criminal, do Rio de Janeiro, Ação nº 0313455-97.2013.8.19.0001, movida pelo MP-SP, que indica crimes cometidos pela CBF, entre eles as da referida “espionagem” clandestina”.
Ou seja, a verdade pode vir a tona, com mais nomes e novos escândalos, em breve.
Lembrando que não se trata da Guerra Fria, ou alguma rusga entre países inimigos, mas apenas a disputa pelo poder numa entidade gestora de futebol.