Embora seja nítido o desejo dos dirigentes do Flamengo em acertar, fica cada vez mais claro que, no carro chefe do clube, o departamento de futebol, meteram os pés pelas mãos.
Primeiro ao entregar o clube a um Paulo Pelaipe, de hábitos absolutamente conhecidos no submundo do esporte.
Depois ao permitir que o dirigente contratasse para treinar a equipe um empresário de jogadores travestido de treinador, cúmplice de negócios de outro, ligado ao que de pior existe no cenário internacional.
Para se ter uma ideia do prejuízo que o treinador deixará no Flamengo, contrastando, porém, com o lucro proporcionado a seus “colaboradores”, no ano de 2012 inteirinho, o clube pagou R$ 6,6 milhões de comissões a empresários de futebol.
Um número que, por si, já era altíssimo.
Somente no período “Mano Menezes”, os valores já atingem R$ 11 milhões.
Um escândalo !
Por razões óbvias, o empresário mais beneficiado foi Carlos Leite, que tem entre seus atletas no clube, Elias, André Santos e Carlos Eduardo.
Ou seja, se o Flamengo já conseguiu se livrar do treinador, com prejuízo considerável, e não pelos motivos nobres alegados, mas porque, evidentemente, já deve estar acertado com outro clube, de nada adiantará se o departamento de futebol não for devidamente desratizado, com a saída, também, do diretor.
E que, daí por diante, até por obrigação, os dirigentes flamenguistas fiquem mais ligados no que se fala nos bastidores, antes de cometer bobagens que servem, não apenas para prejudicar o clube, mas também desacreditar uma gestão que tem tudo para ser boa no final das contas.