adelis chavez

A reunião dos “revolucionários” contra a CONMEBOL, realizada por iniciativa do empresário de jogadores uruguaio Francisco “Paco” Casal, com anuência do ex-presidente do Corinthians, Andres Sanches, teve entre seus “indignados” com a corrupção da entidade, Adelis Chavez, o irmão do ex-presidente da Venezuela, Hugo Chavez.

Adelis apresentou-se como presidente do modesto, até em seu país, Zamora F.C., recém alçado da segunda divisão, e que, por coincidência, é tratado como paraíso para esquentar jogadores sul-americanos, entre eles algumas “mercadorias” do uruguaio “paco”.

Mas não é apenas a ligação com o futebol e o parentesco famoso que tornou Adelis conhecido na Venezuela.

De caixa de banco, com salário irrisório antes do irmão assumir a presidência do país, passou a ocupar o cargo de vice-presidente do Banco Sofitasa, que, não por acaso, passou a se inserir em negócios governamentais.

Aliás, quase toda a operação bancária do governo Chavez, pelo menos as mais importantes, passaram a ser tocadas no Sofitasa.

Na sequencia, Adelis foi flagrado enviando dólares, milhões deles, a Paraíso Fiscais da Europa, investigação depois abafada, e, por razões óbvias, nunca explicada.

O irmão de Chavez ocupou também os cargos de gestor da Copa América de 2007, ocasião em que foi acusado de superfaturar em 20 milhões de euros a reforma do estádio “La Carolina”.

Assim que assumiu a presidência do Zamorra, ainda na segunda divisão, o clube recebeu patrocínios de diversas empresas governamentais ou com negócios no Governo, em ação qualificada pela oposição como nítida e escancarada “lavagem de dinheiro”.

PDVSA, Conviasa, Banco del Tesoro, Banco del Pueblo Soberano y de Malta Regional foram alguns dos investidores.

Ou seja, o irmão de Chavez, olhando do ponto de vista da realidade do futebol, é absolutamente qualificado, não apenas para sentar à mesa com gente do nível de Andres Sanches e “Paco” Casal, mas também para fazer parte do novo grupo que pretende comandar a CONMEBOL.

¡Viva la revolución! pero con nuestro grupo a cargo del dinero…

Em tempo: qualquer semelhança com a história de um ex-limpador de esterco do zoológico, que se tornou milionário no Governo Lula, não é mera coincidência.

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