arenapalestra

Estava escrito na Bíblia que Palmeiras e WTorre viveriam décadas de atritos após a inauguração da Arena Palestra.

Evidente.

O contrato favorece bem mais a construtora do que o clube, numa proporção de desigualdade que impossibilita a convivência harmoniosa.

Resta aos dirigentes atuais, e também aos que estão por vir, o conflito, na tentativa de amenizar as diferenças.

Porém as disputas iniciaram-se antes mesmo do esperado, sem que o estádio estivesse concluído.

A grande questão a ser debatida é a divisão dos direitos das cadeiras a serem comercializadas nos jogos do Palmeiras.

Uma interpretação mais próxima da realidade do contrato firmado entre as partes, embora não especifique percentuais (mais uma falha), deixa claro que se alguém teria direito a fazê-lo, seria a construtora.

Ou seja, 100% da arrecadação.

O Palmeiras tentou, em reunião recente com a WTORRE, dar uma de “João Sem Braço”, relembrando que, numa das primeiras reuniões entre as partes, falou-se em 10% para a construtora e 90% do clube.

Os representantes da empresa lembraram aos dirigentes palestrinos, que, se forem falar de conversas preliminares, mas não assinadas, o último percentual tratado foi de 50% para cada.

Só que, porém, nada disso foi assinado e no papel consta apenas que cabe a Wtorre o direito de negociar as cadeiras.

Tudo indica, se não houver acordo, que a decisão irá para a “arbitragem”, prevista em contrato.

A grande questão, além do prejuízo notório, mesmo que sobrem 50% para o Palmeiras, numa previsão otimista, é de que, no momento, 31 mil programas de “sócio-torcedor” já foram negociados pelo clube, que pretende atingir 40 mil até o final do ano.

Onde coloca-los, ou evitar de perde-los, se para o Verdão somente pouco mais de 20 mil cadeiras estiverem possíveis de serem comercializadas ?

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