Advogado pede prisão de Ricardo Teixeira no Piauí

Semana passada, surgiu a informação, apurada pelo jornalista Miguel do Rosário, de que a Rede Globo foi multada em R$ 615 milhões pela Receita Federal por fraude em sua contabilidade.

R$ 274 milhões do principal, acrescidos de R$ 157 mil de juros, mais R$ 183 milhões de imposto não recolhido.

O motivo foram irregularidades, na operação de compra dos direitos televisivos para a Copa do Mundo de 2002.

A “maracutaia” foi disfarçada pela emissora como “investimentos e participação societária no exterior”, ocasião em que transferiu dólares para as Ilhas Virgens, conhecido Paraíso Fiscal.

Na última sexta-feira, a emissora confirmou realmente ter sido penalizada, porém, esquivou-se de mais comentários.

Porém alertados por um leitor, tivemos acesso a uma matéria do ótimo jornalista Jamil Chade, do Estadão, datada de 12 de julho de 2012, em que as peças finais do quebra cabeça são reveladas.

Ao mostrar que investigações da FIFA davam conta de que João Havelange e Ricardo Teixeira haviam recebido cerca de R$ 45 milhões em propinas, trecho da documentação, inserido na reportagem diz:

“Como regra geral, segundo a Justiça, a propina teria sido paga a Teixeira e Havelange para que influenciassem a Fifa na decisão de quem ficaria com os direitos de transmissão das Copas de 2002 e 2006, incluindo o mercado brasileiro. Uma empresa transmissora com atuação no Brasil é citada como uma das envolvidas no suborno, ainda que seu nome esteja sendo mantido em sigilo. Para os suíços, o serviço dos dois foi “comprado” por empresas que queriam manter relações com a Fifa.”

A única emissora brasileira nesse perfil relatado é a Rede Globo de Televisão.

Mas há mais:

“Havelange usou ilegalmente ativos confiados a ele para seu próprio enriquecimento em várias ocasiões”, aponta o documento. O cartola agiu para garantir o contrato de empresas para a transmissão da Copa de 2002 e recebeu propinas de uma empresa para garantir o contrato para a transmissão do Mundial no mercado brasileiro naquele ano.”

Estão, então, claramente evidenciadas as razões pela qual Ricardo Teixeira e Havelange sempre foram, tratados como “doutores” pela Rede Globo, e  CBF nunca mais foi investigada como deveria.

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