Publicamos, ontem, parte do “esquema” entre CBF e CBBS para que seus dirigentes pudessem se locupletar de diversas maneiras, entre elas com o dinheiro recebido pela Nike.
http://blogdopaulinho.com.br/2013/03/19/o-esquema-da-cbf-com-a-cbbs-para-desviar-dinheiro-da-nike/
Mas as peripécias do presidente da Confederação Brasileira de Beach Soccer, Marcos Fabio Spironelli, não estão restritas apenas a citada entidade, ocorrendo também na Federação Paulista de Beach Soccer, da qual também ocupa a presidência.
Por intermédio de uma empresa “fantasma”, a SHAMOU – ESPORTES COMERCIO E SERVIÇOS LTDA – EPP, CNPJ nº 10.229.266/0001-64, registrada em nome de Marcos Fabio Spironelli e Ilda Francisco Spironelli, o dirigente pegou muito dinheiro da FPBS.
Pesquisamos os arquivos da Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo e o resultado foi de impressionar.
Desde a primeira Nota Fiscal emitida pela empresa, em 17/10/2008, das 150 válidas e 35 canceladas, até a última, no dia 15 de março deste ano, 87 delas foram serviços “prestados” pelo próprio Spironelli, através da SHAMOU, para a FPBS.
Ou seja, o comprador e o fornecedor eram as mesmas pessoas.
Do restante, 50 delas foram emitidas para a Prefeitura de Diadema, quase todas com valores suntuosos, em licitação (ou a falta dela) até hoje questionável.
As outras treze serviram para negócios de ocasião.
Não há, porém, uma nota sequer de entrada, demonstrando que a SHAMOU, além de nada fabricar, não realiza compras que poderiam sugerir a revenda.
Num emaranhado de atividades diversas supostamente prestadas, alguns fatos chamam muito a atenção, como, por exemplo, a venda, em 04/05/2010, de 70 bolas fornecidas gratuitamente pela NIKE para a Confederação Brasileira, e repassadas à FPBS, com nota de Spironelli, nº 79, pelo valor de R$ 10.710,00.
Há também, no dia 17/06/2011, a venda de uma palestra do então treinador da Seleção Brasileira de Beach Soccer, Alexandre Soares, à FPBS, com Nota Fiscal nº 156, também da empresa de Spironelli, por “acaso” presidente das três partes, (CBBS, FPFB e SHAMOU), pela quantia de R$ 16.200,00.
A farra realmente é imensa, envolvendo não apenas as entidades do Beach Soccer como também a CBF, responsável não apenas pela CBBS, mas também pelos materiais fornecidos pelos patrocinadores, gratuitamente, e revendidos posteriormente pelo “esquema” orquestrado do ex-árbitro.
Chegou-se ao cúmulo de, em alguns casos, discriminar, em Notas Fiscais diferentes, vendas de camisetas, também oriundas de patrocinadores, com valores distintos, todas supostamente realizadas no mesmo dia.
Com o passar do tempo, o ar de impunidade era tão grande que nem discriminavam mais a quantidade de produtos e serviços realizados, apenas chutava-se um preço e emitiam os boletos de cobrança.
SAIBA QUANTO O “ESQUEMA” PEGOU DA FPBS
Ao todo, Marcos Fabio Spironelli, através de sua empresa, a SHAMOU, retirou dos cofres da Federação Paulista de Beach Soccer, somente nesse “esquema”, a impressionante quantia de R$ 486.014,00
Gente ligada ao dirigente garante que o montante, sem a necessidade de Notas Fiscais, pode tornar o desvio pelo menos três vezes maior.
SAIBA QUANTO SPIRONELLI JÁ RECEBEU DA PREFEITURA DE DIADEMA
Numa contratação absolutamente suspeita e que vem sendo investigada pelos órgãos competentes, a “empresa” de Spironelli já emitiu 50 Notas Ficais para a cidade de Diadema, na região do ABC, em São Paulo.
O montante recebido já ultrapassa os R$ 300 mil.
O suposto serviço prestado é o de “monitoramento” do Parque Aquático no clube Mané Garrincha.
CONFIRA, NOS LINKS ABAIXO, TODAS AS 185 NOTAS FISCAIS EMITIDAS PELA SHAMOU.
FACHADA DA SHAMOU (OU A FALTA DELA) NO ENDEREÇO REGISTRADO NA JUNTA COMERCIAL E DISCRIMINADO NAS NOTAS FISCAIS, COMPROVANDO A INEXISTÊNCIA DE UMA EMPRESA NO ENDEREÇO.