Antes de pegar dinheiro do Padre Marcelo, a vida de Gabriel Chalita, escritor de vários livros (embora até sobre a autoria de muitos pairem dúvidas) ia de vento em popa.
Fala-se em quase o triplo do que deveria, entre direitos sobre publicações, músicas, etc, enquanto assessor do religioso.
Depois do ocorrido, a diversão oculta de Chalita e sua dose diária de V(W)anderle(y) (nome de como o dinheiro da propina era tratado, em homenagem, mais do que justa, ao treinador) caiu por terra.
Um ex-assessor, que trabalhava formalmente na Secretaria de Educação e, informalmente, nas madrugadas do escritor, botou a boca no trombone.
Maldição dos Céus por ter pego dinheiro supostamente da igreja ?
Não sei.
Fato é que a relação entre seu principal fornecedor de V(W)anderlei(y)s foi escancarada para a mídia.
Hoje, então, na FOLHA, descobriu-se que Chalita, enquanto Secretário, autorizou a compra, sem licitação, de softwares da COC, uma quantia próxima de R$ 14 milhões.
E, pior, que os programas de computador nunca foram distribuídos às escolas, ficando jogados nos estoques da Secretaria.
É o lobo em pele de cordeiro de voz mansa e trejeitos delicados deixando escapar pelos dedos a oportunidade quase certa de uma carreira política tranquila, em que o povo certamente seria enganado pelo sorriso fácil de mais um “espertalhão.
Desse, pelo menos, nos livramos antes que coisa muito pior pudesse acontecer.