São nas situações de crise que o verdadeiro líder tem que se demonstrar preparado, equilibrado e ter força em suas decisões.
Tudo ao contrário do que vem acontecendo, durante a semana, com a diretoria do Corinthians, na administração do episódio da Bolívia.
O presidente, quando decidiu abrir a boca, foi um desastre.
Pior ainda o departamento jurídico.
Em vez de assumir a parte da culpa do clube, preferiu, com frases feitas, e inábeis, expor o Corinthians ao ridículo.
Desmentiu ajudar a “organizada”, quando o próprio balanço do clube, que demonstra anistia aos “Gaviões”, além de outros episódios, como a transferência de renda duma partida para o Carnaval traem todas suas colocações.
Gobbi teria apenas que falar a verdade, nada mais.
Dizer que o Corinthians lamenta o episódio, aceitando a punição esportiva que lhe cabe, colaborando para que as investigações encontrem o verdadeiro culpado.
Ao contrário, rechaçou a punição, até branda, sem aproveitar o momento para romper publicamente com os “organizados”.
Ou pelo menos expor a verdade, que sua administração trabalha em conjunto com a torcida, que serve de exercito para proteção de suas ideias e procedimentos.
Esconder os autores do crime com omissão, e até alguma ação, servirá apenas para dar cada vez mais razão à CONMEBOL, ligando o Corinthians a um episódio criminal do qual, através de ajudas não “oficiais”, tratou de financiar.
Em vez de proteger os interesses do clube, a atual gestão prefere se mostrar leal aos “organizados”, mesmo que isso signifique os prejuízos que certamente estão por vir.