Com Neymar mais inspirado do que Ganso, o Santos venceu o clássico contra o São Paulo, na Vila Belmiro, por três a um.
Um resultado justo, embora o Tricolor tenha sido prejudicado pela arbitragem, que anulou gol legítimo do clube quando o jogo estava apenas um a zero a favor do Peixe.
A primeira etapa transcorreu, na maior parte do tempo, de maneira morna, com poucas jogadas de gol, e grande equilíbrio entre as equipes.
Montillo fez, aos 19 minutos, a primeira jogada digna de nota, arrancando pela meia-direita e batendo, prensado, à direita de Denis.
Um minuto depois, Luis Fabiano perdeu gol incrível ao pegar sobre de bola em batida de Jadson, fintar o goleiro e bater para fora.
A jogada mais bonita foi uma tabela de calcanhar entre Ganso e Luis Fabiano, concluída pelo primeiro numa tentativa frustrada de encobrir o goleiro santista.
Aos 38 minutos, o até então apagado Neymar recebeu a bola na área, quase deixou escapar, mas, com um toque curto deixou Miralles livre para fazer um a zero.
O São Paulo empatou, três minutos depois, mas a arbitragem marcou impedimento inexistente em cabeçada de Luis Fabiano.
Na saída para o intervalo, o torcedor do Santos atirou moedas em Paulo Henrique Ganso, que reclamou punição à Vila Belmiro.
Logo no início do segundo tempo, Neymar fez grande arrancada pela esquerda até ser derrubado, dentro da área, por Paulo Miranda.
Penalidade que o gênio santista, com absurda categoria, converteu, aos 3 minutos.
Sem alternativa, o São Paulo partiu para cima, com ótima atuação de Cañete, que entrou na segunda etapa no lugar de Wellington.
Aos 15 minutos, Jadson, pela direita, cortou para dentro e bateu cruzado, para boa defesa de Rafael.
Dois minutos depois, o goleiro do Peixe trabalhou novamente em batida forte de Cañete.
Aos 19 minutos, na pressão Tricolor, Jadson bateu falta perfeita da intermediária, e marcou um golaço, diminuindo a vantagem do Santos.
Porém, aos 25 minutos, antes mesmo que o São Paulo pudesse se empolgar, Neymar, colocou a bola com maestria na cabeça de Miralles, que não perdoou.
Três a um.
Enquanto Neymar brilhava novamente, participando de todos os gols de seu time, Ganso, que pouco rendeu, saiu sob estrondosa vaia, aos 32 minutos, para dar lugar a Aloisio.
Houve tempo ainda para Montillo, aos 46 minutos, após grande troca de passes do ataque do Peixe, colocar a bola na trave esquerda de Denis.
Para o Santos, única equipe grande interessada no paulistinha, pela busca do tetracampeonato, o resultado foi motivador, embora nada desastroso para o Tricolor, que tem como objetivo principal a Libertadores da América.
Ruim apenas para Ganso, que perdeu nova oportunidade de ressurgir para o futebol ainda em tempo de, quem sabe, disputar a Copa do Mundo de 2014.