Não é de hoje que a cúpula da CBF pensava em dispensar o “trabalho” de Mano Menezes.
Estavam informados dos “esquemas” do treinador com empresários, porém, por razões políticas, o aturavam.
Após um período inerte daqueles que prometiam aproximar o presidente da CBF da presidência da República, julgou-se que demitir o treinador não ocasionaria grandes transtornos.
Precisavam, porém de um bom motivo.
Mano Menezes, assim como acontece com os agraciados pela impunidade, vestiu o véu da soberba e, depois de um período sem convocar jogadores do Shahktar Dontesk, da Ucrânia, voltou a realizar pequenos “negócios”.
A titularidade de Thiago Neves após assinar com o empresário do treinador, o intrépido Carlos Leite (embora alguns mal informados insistam em desmentir) incomodou os que entendem minimamente de futebol.
Mas a convocação de Durval, 33 anos, que passou a carreira toda sem sequer ser mencionado em lista de Seleção, e que sempre apresentou futebol deficiente, foi a gota d’água esperada por Del Nero e Marin para demitir Mano Menezes.
É o chamado “batom na cueca”.
Não há como argumentar, nem explicar, então, a titularidade do zagueiro numa partida que, apesar de ser disputada por reservas, sempre terá a projeção de um Brasil e Argentina.
Na sala de reuniões, em que o “caso Shahktar” também foi citado, Andres Sanches foi humilhado ao tentar defender o treinador (chamado que foi de incompetente ou conivente ao dizer “não saber de nada”), embora, diferentemente do que diz, lavou as mãos ao perceber que a demissão era inevitável.