Continuando nossa série comprobatória de que dirigentes do Palmeiras estão, há anos, se beneficiando do clube, chegamos ao “estranho” caso envolvendo o ex-diretor de futebol do clube, Salvador Hugo Palaia, que já está sendo investigado pelo Ministério Público de São Paulo.
Em 09 de janeiro de 2006, Affonso Dela Monica e José Cyrillo Junior, então dirigentes alviverdes, assinaram contrato de mútuo com Palaia, comprometendo-se a pagar-lhe R$ 620 mil, em DINHEIRO, de maneira parcelada.
A alegação era de que Palaia havia colocado estes valores no clube, quando ocupava o cargo no Departamento de Futebol.
O contrato, então, apenas formalizaria o suposto “empréstimo” e a consequente “restituição.”
Salvador Hugo Palaia, claro, contabilizou o crédito em sua Declaração de Imposto de Renda.
Porém, de maneira estranha, o Palmeiras não fez o mesmo com o contrato de mutuo.
O motivo ?
Não há um comprovante sequer de que o referido empréstimo realmente aconteceu, tornando o contrato de mutuo irregular.
Mesmo assim, Palaia, mesmo quando ocupou o cargo de Diretor Financeiro, recebeu os valores das parcelas religiosamente, até o final.
O caso já está no Ministério Público de São Paulo, que ouviu o auditor interno do Palmeiras, Vitor Cestari sobre o assunto.
Em depoimento, Cestari declarou não saber da existência deste contrato de mutuo, até porque não existia documentação que o motivasse.
Disse ainda que se soubesse da existência deste contrato teria encaminhado ao jurídico do clube.