Nessa sexta-feira santa, para algumas religiões, relembraremos o tema principal de um dos maiores sucessos da Rede Globo, a novela Roque Santeiro.
De incrível semelhança com os anos de gestão de Andres Sanches, no Corinthians.
O herói do folhetim é tido como “santo milagreiro” após supostamente salvar a pitoresca cidade de Asa Branca, negociando uma enorme quantia em dinheiro com bandidos que dela tentavam se aproveitar, desaparecendo logo em seguida.
Após seu sumiço, os figurões do local aproveitam-se do episódio e passam a viver do mito de sua suposta morte, enganando o povo, com a ajuda de políticos, imprensa e a benevolência da população.
Enriquecem todos, enquanto a miséria toma conta do local.
O que é vendido como prosperidade, na verdade, é a maneira encontrada de manter os incautos no cabresto, que obedecem e fazem de tudo à sombra do mito.
Até uma estátua do suposto “santo” é colocada na praça principal, utilizada para manter a farsa, e o culto a inverdade.
Sim, porque a real história de Roque Santeiro, diferente do que as autoridades tentam manter, para não perder o poder e o império financeiro que possuem, é bem diferente.
Luiz Roque Duarte, o nome verdadeiro do personagem, roubou todo o dinheiro da cidade, inclusive os bandidos com quem tratou o suposto resgate, invadindo ainda a igreja para saqueá-la, e depois fugiu, passando 17 longos anos na Europa.
Nunca foi santo e suas atitudes não apenas endividaram Asa Branca, como serviram de pretexto para que muitos “espertalhões” enriquecessem a custa de quem acreditou em toda a mentira.
É ou não uma fábula que lembra, e muito, o que acontece hoje em dia no Parque São Jorge ?
Desde a negociação de dinheiro do Corinthians com empresários ligados à criminalidade, passando pela “canonização” do personagem principal.
Até o episódio da estátua é agora repetido pela vida real.
O endividamento do clube e o esforço para a manutenção de sua fama pelos seguidores, falseando frequentemente a verdade, com jogadas de marketing estapafúrdias, além de dinheiro “doado” para as “organizadas”, conselheiros e também aos mais diversos setores de nossa mídia são “coincidências” incríveis com o roteiro do sucesso global .
Vende-se um homem que sempre viveu de pequenos atos de “esperteza” como empresário bem sucedido, superdimensiona-se suas atitudes, e tentam agora viver à sombra do barro de sua “santidade”.
No mundo do esporte, em que o novo presidente da CBF também lembra um dos personagens Asabranquenses, o Zé das Medalhas, e Andres Sanches é tratado como se fora Roque Santeiro, até o novo presidente alvinegro, Mario Gobbi, teria cadeira cativa nessa adaptação.
Quem não se lembra do Delegado Feijó, pau mandado de poderosos, que se borrava de medo só com a possibilidade de ofender os coronéis ?