Por JUCA KFOURI

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Mais parecido com o que houve ontem em Porto Alegre, impossível.

O Olímpico estava lotado, empolgado, incandescente.

Em vez de vermelho, como o Beira-Rio, azul.

Até porque o Cruzeiro, que começa com C, como o Corinthians, também é azul.

Azul de muitas estrelas, duas delas, por exemplo, da Libertadores, que os paulistas não têm.

Grêmio e Cruzeiro em busca da vaga na final contra o Estudiantes, ambos em busca do tricampeonato.

Tricampeonato que o Estudiantes já tem, em 1968/69/70.

O embate entre os dois times maiores campeões, tetracampeões da Copa do Brasil, era quente, com o Grêmio no ataque, pressionando, a ponto de Herrera ser agarrado e derrubado na área, sem que o árbitro marcasse nada, aos 29.

Cinco minutos depois, Kléber, o leão de sempre, fez ótima jogada pela direita e deu para Wellington Paulista fazer o sonhado gol mineiro: 1 a 0, ou melhor, 4 a 1.

Nem assim os gremistas se calaram.

Só dois minutos depois é que se ouviu mais forte a torcida cruzeirense, porque Jonathan cruzou da esquerda e Wellington Paulista num lindo peixinho mandou para a rede, ao fazer 2 a 0 ou, melhor, 5 a 1.

Aí, nos minutos finais, até show o Cruzeiro ensaiou dar.

O Grêmio precisava fazer, no segundo tempo, os mesmos cinco gols que o Inter não fez.

Aos 5, Leonardo Silva, machucado, deu lugar a Anderson.

Aos 7, Herrera bateu cruzado e Fábio, que já tinha ido bem no primeiro tempo, fez bela defesa.

Tecnicamente superior, o Cruzeiro repetia no campo do tricolor gaúcho que tinha feito no do tricolor paulista.

Aos 9, no entanto, de cabeça, em cobrança de escanteio, Réver diminuiu: 1 a 2, ou 2 a 5.

Faltavam quatro gols.

Bah, gols demais, uai!

Aos 14, Adilson, que não se chama D’Alessandro, fez falta violenta em Wagner que ia parar dentro do gol e foi corretamente expulso.

Aos 17, Elicarlos entrou no lugar de Gérson Magrão.

Apesar de com 10, o Grêmio andava mais perto do empate que o Cruzeiro da ampliação, talvez porque para os gaúchos uma reação qualquer fosse importante moralmente e para os mineiros só interessasse o que só interessava, a vaga na final.

Final que, se a Conmebol for coerente, não poderá ser na Argentina, assolada pela gripe suína, como não pôde haver jogos no México.

Wellington Paulista saiu e entrou Thiago Ribeiro.

Aos 30, num lindo gol, de fora da área, Souza empatou: 2 a 2, ou 3 a 5.

O Olímpico cantava cada vez mais alto.

O Cruzeiro só queria deixar o tempo passar.

Perea substituiu Herrera com cãimbras e sem gols.

O Cruzeiro jogará no meio da semana que vem, fora de casa, e receberá, no Mineirão, daqui a duas semanas, o Estudiantes.

Parada dura, mas com a cara deste cada vez mais confiante Cruzeiro.

Chance para vingar os 4 a 0 de La Plata na primeira fase desta Libertadores, depois que o Cruzeiro tinha vencido, em Belo Horizonte, por 3 a 0.

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