O texto baixo, escrito por Alberto Murray, que luta bravamente contra os desmandos de Carlos Arthur Nuzman e Orlando Silva Junior, é absolutamente irrepreensível.
Fala de jornalistas que se prestam ao papel de porta-vozes de entidades com pouca ou nenhuma honestidade.
Para complementar, relacionei alguns jornalistas, assessores de imprensa, que se enquadram no perfil descrito brilhantemente por Alberto Murray.
CBF – Rodrigo Paiva
COB – Empresa TEXTUAL (www.textual.com.br)
Ministério do Esporte – Julio Bittencourt
Por ALBERTO MURRAY
http://albertomurray.wordpress.com/
A mesma pergunta acima vale para qualquer órgão similar, na área esportiva, ou não. Eu me pergunto porque um Jornalista aceita uma posição dessa. Será a falta de emprego? Será porque realmente acredita na causa da entidade e de seus dirigentes? Ou porque o salário é irrecusável? E, mesmo nesta hipótese, vale à pena prender-se aos ditâmes do órgão, perder a liberdade de escrever, por dinheiro?
No caso do Comitê Olímpico Brasileiro (”COB”), atualmente, ser assessor de imprensa, marca a fogo a alma de um repórter. O COB passa por uma séria crise de imagem. Leva paulada de todo lado, todas muito bem fundamentadas e fruto do caminho que os seus dirigentes traçaram para a entidade.
Assessorar jornalísticamente o COB é escrever textos “chapa branca”; é submeter seus artigos ao crivo de pessoas que não têm interesse na crítica; é ser obrigado a seguir um padrão de reportagem fantasioso, puramente laudatório, até mesmo patético. É comum ver a assessoria de imprensa do COB escrever um texto sobre determinado assunto, enquanto todo resto da mídia especializada descreve a mesma questão de forma diametralmente oposta.
Além de perder a liberdade profissional, o assessor de imprensa, nessas circunstâncias, acaba fazendo papel ridículo. Não só pelos textos benevolentes a que está obrigado a produzir diante dos maiores escândalos, mas porque é seu ofício sair em busca de conversas com seus Colegas, tentando convencê-los do “inconvencível”.
Não sei como deve sentir-se um profissional assim, sujeito dia e noite à obrigação de falar e escrever bem de algo, ou alguém, que notoriamente não merece elogios.
Um dia o COB muda de presidente, ou resolve romper o contrato, como fica a imagem desse Profissional no mercado? Qual será sua credibilidade para criticar, ou até continuar falando bem, do próprio COB? Ou de qualquer outra coisa?
Eu sempre achei que a função do Jornalista é a de provocar a crítica. E para isso não pode estar atado às amarras de qualquer poder.
Se eu fosse jornalista, não faria propaganda de nada, não aceitaria ser assessor oficial de entidades como o COB e, acho eu, teria como prazer supremo derrubar o Presidente da República, qualquer que fosse ele.
Interessante a postura ou opinião, ja que fecha a matéria falando “se eu fosse ..” do Alberto Murray e consequentemente do Blog, ou não? Pois bem nessa linha,”..A mesma pergunta acima vale para qualquer órgão similar, na área esportiva, ou não” nao haveriam advogados de serial killers, medicos que tratam de feridos a bala que acabaram de chacinar alguem de uma torre de caixa d´agua, se bem que eles todos suicidam-se, enfim, acho muito democratico e republicano, no interesse do bem comum, que se denuncie e critique desmandos, mutrucas, falcatruas e corrupções em geral, agora voces virem a publico darem uma de coleguinha e criticar o trabalho de alguem em função de estarem exercendo sua profissão e ganhando o dinheiro, honesto diga-se de passagem, por que estão em uma associação ou empresa que esta “passando por uma crise de imagem” é o fim da picada. Joguem a primeira pedra em Volkswagen do Brasil, problemas com sindicato na Alemanha, envolvendo brasileiros em jogatina, prostituiçao e a sua direção aqui e la, TAM, falhas de manutenção e desastres aereos onde ainda pairam suspeitas de nao pagamento de indenizações, etc, Camargo Correa, recentemente envolvida em escandalos de doações a políticos, Antonio Carlos de Almeida Castro, que defendeu o Cacciola no inicio, enfim nao vou me alongar em crises de imagem. O concreto é a lei, a democracia e a liberdade de expressão, opinião e credo e o que mais existir, como alias voces dois fizeram e eu idem. O que deve ser criticado, apurado e punido, sem a pizza de sempre são os demandos advindos disso, isso sim não da para abrir mão, a impunidade e a falta de, digamos, um luteranismo em nossas leis e magistrados. Um milhao de vezes pior que Rodrigos e Julios.
Paulinho: Se eu fosse advogado não defenderia serial killers. Questão de princípios
É GERAL, EM TODA CIDADE TEM SEMPRE UM JORNALISTA QUE É ASSESSOR(A) POLÍTICO, EM BRASILIA NEM SE FALA, QUASE TODOS SÃO EMPREGADOS DE POLITICOS, ISSO É BRASIL.
Pensando assim os jogadores não deviam aceitar jogar na seleção.
Voce como advogado ia morrer de fome.
Paulinho: Não iria. Apenas não ficaria rico. Mas dormiria tranquilamente…
E o comentário do Osvaldo é pertinente. Quem concorda com o autor do texto deve criticar todos os atletas olímpicos, que foram remunerados para defender o COB.
Errado Paulinho, você não morreria de fome se fosse advogado porque saberia o que significa o Direito e nunca diria uma bobagem dessas. Poderia até não ser um penalista, mas jamais criticaria aqueles que simbolizam a essência do Estado Democrático de Direito. Não é por compactuar com barbáries que se defende um serial killer ou um político corrupto. Tampouco por amor ao dinheiro, como muitos supõem. É muito estreiteza acreditar que advogados que garantem os direitos fundamentais ao contraditório e à ampla defesa, pilares da democracia, só realizam seu trabalho por não ter princípios. Pelo visto a filosofia passa longe das faculdades de jornalismo hoje em dia.
Obrigado, Paulinho, pela reproducao do texto. Um abraco. Alberto Murray Neto
Os Atletas que participam de Jogos Olimpicos nao sao remunerados pelo COB para representa-lo. Obrigado. Abrs. Alberto.
Se a pessoa que escreveu esse texto fosse jornalista, ela saberia o que é ser assessor de imprensa. Conhecimento que, ao meu ver, passou longe do intelecto do redator.
Ci, realmente não sou Jornalista. Sou Advogado militante. Por isso mesmo fiz as indagações que constam do texto para promover o debate. Talvez ser assessor de imprensa não seja, então, o que praticam esse que se propõem a defender essas entidades que citei. Por que Você não nos dá uma aula do que é, na realidade, ser Assessor de Imprensa? De toda forma eu reafirmo que, se fosse eu um Jornalista, não me prestaria ao papel desses “assessores de imprensa” que são objeto do meu post. Obrigado. Um abraço. Alberto Murray Neto