Por BONI

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Na televisão, estive envolvido com transmissões de todos os gêneros.

Talvez, por isso, sempre sou questionado por aficionados de futebol sobre a possibilidade de ter um telão nos campos onde um “tira teima” estaria à disposição dos juízes para tirar dúvidas sobre os lances de uma partida.

Se não um telão, pelo menos um televisor junto a mesa diretora do jogo.

O juiz interromperia a partida, daria uma olhada,  esclareceria o problema e não haveria mais erros de arbitragem.

Quem pensa assim, pensa até por pena do árbitro.

O coitado é chamado de ladrão, mesmo quando erra porque interpretou mal uma regra ou porque, simplesmente, não estava como diz o Silvio Luiz “de olho no lance”.

É verdade que, no campo, o ângulo do torcedor e dos comentaristas especializados é mais favorável que o ângulo dos juízes que,  mesmo mais perto, muitas vezes tem a visão obstruída por um ou mais jogadores.

Conversando outro dia com o mestre Armando Nogueira, ele lembrou que a FIFA considera as decisões do juiz,  tomadas no decorrer do jogo, soberanas.

Lembrou também que em termos de tecnologia, a FIFA está estudando a colocação de um sensor na bola para determinar se entrou ou não no gol.

Mas não há notícias de outros estudos. 

O tênis só recentemente adotou recursos técnicos para determinar se a bola foi fora ou não. João Havelange, conhecedor profundo do assunto, sempre argumenta que errar é humano e que a discussão sobre os erros ou acertos do juiz é parte fundamental do futebol.

É um dos pontos que anima a discussão, ocupa as colunas dos jornais, as mesas redondas da televisão e as mesas quadradas dos bares.

Além dos ângulos são visões diferentes motivadas pelo conhecimento, falta de conhecimento e, principalmente, pela paixão.

Eu, como bom corinthiano, me sinto sempre “garfado” em qualquer decisão do juiz que eu considere prejudicial para o Timão.

E como todo corinthiano que mora no Rio, aqui eu sou Flamengo.

No episódio do juiz Simon, eu acho que o Kleber Leite chiou com toda razão.

E viva o Corinthians, o Flamengo e a discussão.

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