Irregularidades na votação do Estatuto

Fui procurado por associados do Corinthians que me fizeram uma grave denúncia.

Apurei e constatei que a informação é verdadeira.

Não mudaria o resultado das urnas, mas serve de alerta para que não se repita na eleição presidencial.

A desorganização no pleito foi grande.

O número de votantes não condiz com a verdade.

Teve gente que votou duas vezes.

Tudo porque não houve controle adequado para fiscalizar os sócios inadimplentes.

Votaram pessoas sem comprovante de pagamento, gente que já havia votado e até quem não tinha direito a voto, mas forneceu o nome de um associado.

A bagunça aconteceu por causa de um arcaico sistema de “vale-voto”.

Quem chegasse à mesinha que distribuía os vales e dissesse que o nome não constava na lista de votação recebia o tíquete que garantia direito ao voto.

Em uma das mesas onde se votou por intermédio desse sistema, por coincidência, a “fiscalização” foi efetuada pelo porta-voz “extra-oficial” da diretoria.

É de impressionar a incapacidade dessa turma de realizar pequenas tarefas com correção.

A sorte é que muita pouca gente compareceu para votar.

Se fosse na eleição presidencial, com certeza a votação seria impugnada.

Que isso não se repita novamente.

Troca de farpas

As trocas de farpas entre Andres Sanches e Heleno Maluf foram a tônica das discussões no dia da Assembléia Geral.

Andres a todo custo tentava jogar para Heleno das Obras a culpa pelo fracasso da negociação.

Heleno se defendia e falava em alto e bom som: “Eu sempre soube que o projeto não prestava. Tive que tocar para frente porque ele (Andres) fez um acordo político com o Edgard Soares.”

Nós ficamos realmente tocados com a demonstração de respeito aos interesses do clube.

Não há provas

Roberto Cerqueira Cesar, o Robertinho, braço direito de Heleno das Obras, foi motivo de chacota durante a reunião.

Como se estivesse em boca de urna, parava os conselheiros do clube e dizia: “Não provaram nada contra mim”.

Ele se refere às várias acusações de irregularidades e superfaturamento em suas obras.

Robertinho não conseguiu explicar uma coisa.

Se não praticou o ilícito e nada foi provado, por que teve que devolver dinheiro para os cofres do clube ?

É claro, nunca conseguirá responder.

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