Golpe de ‘sorte’ milionário do Presidente da CONIB?

A CONIB (Confederação Israelita do Brasil) há tempos atua como caixa de ressonância do governo bandido de Benjamin Netanyahu, apesar de ter sido criada para defender o povo judeu — a quem, nesse contexto, acaba por enganar.
Devem existir razões, nem todas confessáveis, para tal alinhamento.
É certo que a entidade não demonstra qualquer constrangimento em apoiar déspotas, tendo atuado, igualmente, em favor do bolsonarismo no Brasil.
Claudio Luiz Lottenberg, presidente da CONIB, mantém um discurso público conservador, embora, na esfera privada, tenha cometido deslizes que não se coadunam com a moral que propaga.
Uma dessas possíveis “travessuras” foi denunciada em 2018 — e, assim como outras, pode ter contribuído para a construção de sua vultosa fortuna.
A médica oftalmologista Fabiana Bogossian Marangon acusa Lottenberg de tê-la induzido, de forma dolosa, a vender por valor irrisório sua participação societária na rede Lotten-Eyes Oftalmologia Clínica e Cirúrgica Ltda.
Há, diante disso, indícios de possível fraude contratual.
Fabiana e Claudio mantiveram relação societária desde o início dos anos 2000.
Embora figurasse formalmente como minoritária no contrato social, a oftalmologista sustenta que era sócia de fato da unidade do Itaim, tendo investido recursos próprios, arcado com metade dos custos de implantação e reforma da clínica e recebido participação nos lucros, que girava em torno de R$ 40 mil mensais até 2016.
R$ 76,8 mil corrigidos.
Em 12 de julho de 2016, Fabiana foi levada a assinar a 13ª Alteração do Contrato Social da Lotten-Eyes, cedendo integralmente suas quotas a Claudio Lottenberg por irrisórios R$ 5.434,68 — valor correspondente apenas ao patrimônio contábil.
Dois meses depois, em setembro de 2016, a rede Lotten-Eyes foi vendida à UnitedHealthcare, controladora da Amil, por cerca de R$ 200 milhões, conforme divulgado à época pela imprensa econômica.

Suspeita-se que o negócio já estivesse fechado quando a sócia de Lottenberg, sem saber, teria sido vítima do suposto golpe.
Fabiana afirma que aceitou a venda das quotas mediante a promessa de que seria mantida na empresa e de que seus rendimentos não sofreriam alterações.
Após a reorganização societária, seus ganhos teriam caído para cerca de R$ 26 mil mensais, até que, em 2 de dezembro de 2016, sua prestação de serviços foi encerrada de forma unilateral.
O caso chegou ao Judiciário, que, sem analisar o mérito, determinou o reenvio da controvérsia à arbitragem.



