Confissão da Mancha Verde retrata realidade que os clubes deveriam evitar

Há alguns anos, não por razões nobres, o Palmeiras rompeu relações com a facção Mancha Verde, que antes era financiada pela própria presidente do clube.

Ainda que por linhas tortas, acertou.

Nesta semana, a Mancha — apenas e tão somente para livrar seus dirigentes de ações criminais, ou seja, não por virtude — assumiu o dolo na emboscada que resultou na morte de um torcedor do Cruzeiro.

Segundo o TAC firmado no MP-SP, “os fatos foram planejados, organizados e executados por membros da agremiação”.

A facção se comprometeu a indenizar os feridos no confronto, com o pagamento de R$ 2 milhões — metade destinada à família da vítima assassinada — e também a não participar de “episódios violentos de natureza semelhante, notadamente em situações planejadas, organizadas ou da iniciativa de seus integrantes ou dirigentes”.

Não se sabe de onde sairá o dinheiro.

Duvido que exista um só promotor no prédio do MP-SP que acredite na súbita santificação da Mancha daqui por diante.

Trata-se de um acordo em desfavor da sociedade, fadado ao fracasso desde o início.

O tempo demonstrará.

Esta é a realidade criminosa não apenas da covarde Mancha Verde, mas de todas as demais facções, que deveriam ser — como agora ocorre com o Palmeiras — desprestigiadas pelos clubes.

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