Aster Itaquá é negócio ‘da China’, péssimo para o futebol brasileiro

Mônica Fang e Rodrigo Duarte

Amanhã, o Aster Itaquá, com menos de um ano de criação, disputará as quartas de final da Copinha contra o Flamengo, após ter eliminado, pelo caminho, o favorito Palmeiras.

A equipe tem como proprietário o agente de jogadores Rodrigo Duarte, originário do Espírito Santo.

Foi em terras capixabas que, em 2018, criou-se o esboço deste time, batizado Aster Brasil – Espírito Santo, que, no ano seguinte, fechou parceria econômica com o Centro de Intercâmbio Econômico e Comercial Brasil – China (CIECBC), presidido por Mônica Fang, que ocupa, também, a vice-presidência da Câmara de Comércio Estrangeiro de Pequin no Brasil.

Qual a relação dela com futebol?

Fang é parceria de Henrique Law, filho de Law Kin Chong, investigado pela policia na condição de um dos principais contrabandistas do país.

Desde que a parceria foi firmada, o objetivo deixou de ser apenas esportivo.

Duarte, em entrevista, chegou a afirmar que o clube existe para formar jogadores e exporta-los ao exterior, principalmente ao mercado europeu.

Com a influência dos chineses, o Aster chegou ao município de Itaquaquecetuba, nas cercanias da cidade de São Paulo, conhecido pelas dificuldades estruturais e pobreza de sua população.

Outra parceria foi fechada, desta feita com a Prefeitura local, através de Marcelinho Carioca, que era Secretário de Esportes ao mesmo tempo que agenciava jogadores.

Muita gente tem estranhado não apenas o êxito esportivo do clube, mas também a quantidade de torcedores presentes aos estádios para acompanhar uma equipe, em tese, sem tempo de ter conquistado tantos adeptos.

O Blog do Paulinho desvendou o mistério.

No jogo contra o Palmeiras, por exemplo, circular assinada por Mario Toyama, Secretário de Administração e Modernização, certamente autorizada pelo Prefeito de Itaquá, delegado Eduardo Boigues, liberou 5% dos funcionários públicos de todas as áreas, inclusive a da deficitária pasta da Saúde, a faltarem no serviço com justificativa, ÚNICA, de assistir ao jogo do Aster.

Observa-se, diante deste quadro, que o sucesso de equipes como Aster e Ibrachina, além doutras, como o Roma, de Barueri, que chegou a ganhar uma Copinha, são terríveis, sob aspectos esportivos, políticos e comerciais. para o futuro do futebol brasileiro.

Marcelinho Carioca e o Prefeito de Itaquá, delegado Eduardo Boigues
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